Legados esquecidos da Copinha (Sport)
Sabemos todos que a história é escrita e contada pelos vencedores. E com total justiça, o foco de todos os comentários sobre a Copinha, encerrada neste 25 de janeiro, serão sobre o campeão - alguns sobre o valoroso vice. Vou fugir um pouco desta linha e falar, em alguns posts, de jogadores e times que ficaram pelo caminho (sim, porque apenas um é campeão, mas nem por isso os outros 127 devem ser ignorados ou esquecidos) e que me chamaram muito a atenção pela qualidade. Começo pelo querido Nordeste. Poderia exaltar o Fortaleza, mas o Sport (apesar da eliminação para o aguerrido Goiás) deixou-me uma ótima impressão. É uma safra, comandada por Sued Lima, treinador que foi subindo com o time desde o sub-15, que ou vai dar muita alegria à torcida rubro-negra de Pernambuco, ou renderá boas quantias para os cofres do clube.
O Sport teve uma defesa muito sólida, que passou os quatro primeiros jogos da Copinha sem tomar gol. Um dos grandes responsáveis por isso é o zagueiro Marcelo Ajul. Carioca, também sabe jogar, e bem, como volante ou lateral. Sabe se colocar, o que ajuda demais nas muitas coberturas que é obrigado a fazer nos jogos - já foi aproveitado entre os profissionais e certamente vai despertar em breve a cobiça de outras equipes. Outros nomes muito bons da defesa do Leão ocupam o lado esquerdo (quarta zaga e lateral): Matheus Baraka e Nassom, que jogam juntos desde o sub-13. A conferir como vão desempenhar quando o companheiro não estiver... E por fim, o lateral direito Devyson marca bem, apoia melhor e ainda bate faltas.
No meio, destaque absoluto para a dupla Lucas André e Juan Xavier. O primeiro é o dínamo, o homem da intensidade, força que começou a surgir ainda na base do Flamengo carioca. Xavier, nascido em Santos (SP), é o contraponto de talento. Toque de bola, bom passe, bom chute, serenidade de um veterano de 20 anos. E ainda com a experiência de passagens na base dos ingleses Stoke City e Barnsley. Completando essa turma que tem tudo para brilhar, o atacante Gean é rápido, um azougue, difícil de marcar, e que tem muita qualidade na conclusão - precisa amadurecer e dosar a velocidade, às vezes corre mais do que a bola e do que o próprio pensamento.
Antes de perder do Goiás, o Sport eliminara gigantes como Corinthians e Cruzeiro. Este último duelo eu comentei para o Sportv. Na primeira meia hora, o Sport demorou a entrar no jogo e quase pagou caro, sofrendo com a marcação de um pênalti inexistente. Mas o bom cruzeirense Jhosefer bateu para fora. E aos 35, o Rubro-negro começou a construir mais uma vitória com uma falta cobrada com maestria por Devyson. O time voltou para o segundo tempo como se estivesse perdendo. Pressionou o Cruzeiro, sufocou qualquer tentativa de construção dos mineiros, e logo aos 7 minutos, Gean cortou para dentro e bateu de curva, indefensável, 2 a 0 Sport.
A meninada pernambucana sofreu um pouco na reta final, depois de Ruan Índio descontar para o Cruzeiro aos 35, mas mostrou maturidade para sustentar outra vitória. Foi a última da Copinha, mas deve ser valorizada. A gente pode até esquecer logo, porque é um jogo e um campeonato atrás do outro. Mas o Sport tem que cuidar muito bem desses talentos.
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