São Jorge: reduto de corintianos, bairro em homenagem ao Timão completa 40 anos
Na década de 1980, o movimento Democracia Corinthiana fez história no futebol brasileiro dentro – com nomes como Sócrates e Casagrande – e fora de campo. Na mesma época, nascia em Uberlândia o bairro Parque São Jorge, fundado em homenagem ao Corinthians.
O loteamento, aprovado em 27 de janeiro de 1983, cresceu ao longo do tempo, encurtou o nome para São Jorge e se tornou o segundo bairro mais populoso da cidade. Como não poderia ser diferente, é um reduto de corintianos fanáticos.
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O idealizador do loteamento e da homenagem foi o empreendedor Odomires Mendes de Paula. A motivação de colocar no bairro o nome do clube social e como é chamado o Estádio Alfredo Schürig do Corinthians se deu pela grande torcida do Timão na cidade mineira na época.
– A gente fez uma pesquisa e tinha muito torcedor do Corinthians [em Uberlândia]. Então colocamos o nome de Parque São Jorge em referência ao Corinthians, como se fosse uma homenagem aos corinthianos. Por isso que foi escolhido o nome. Quando lancei o loteamento foi como Parque São Jorge. Depois virou só São Jorge, o nome do bairro hoje – contou.
2 de 4 O empreendedor Odomires no bairro em que ele idealizou em Uberlândia — Foto: Arquivo PessoalO empreendedor Odomires no bairro em que ele idealizou em Uberlândia — Foto: Arquivo Pessoal
No Censo do IBGE, em 2010, o bairro São Jorge foi classificado como o segundo mais populoso da cidade, com 26.564 moradores, atrás apenas do Santa Mônica, que computava 35.737 pessoas. Os resultados do Censo 2022 ainda não foram divulgados.
Um dos pontos que faz um recorte fiel do bairro é a barbearia Thiago Abreu. Além do proprietário, outros três barbeiros que trabalham no local são corintianos: Bruno Henrique, Felipe Alves e Iago Ferreira.
3 de 4 Os corintianos Thiago Abreu (sentado); Bruno Henrique, Felipe Alves e Iago Ferreira (em pé) — Foto: Filipe FerreiraOs corintianos Thiago Abreu (sentado); Bruno Henrique, Felipe Alves e Iago Ferreira (em pé) — Foto: Filipe Ferreira
Felipe, que fez um penteado alvinegro no cabelo, revelou que foi motivado pelo Timão.
– É pelo Corinthians mesmo. Nós somos loucos pelo time, daquele jeito, corintiano na veia – disse.
Iago é daqueles torcedores ligados, que toda hora está ligado na internet, olhando notícias do Timão.
– Desde pequeno, via meu pai sempre assistindo jogo do Corinthians e eu assistindo junto. Aí peguei no embalo e virei corintiano também – afirma.
Bruno Henrique também trabalha na barbearia e tem fama de ser agitado quando assiste aos jogos. Um exemplo está fresco na memória: a final da Copa do Brasil, entre Corinthains e Flamengo, que ele estragou o portão de casa ao se exceder nas comemorações do gol do clube paulista.
– Quando o Giuliano empatou o jogo, eu fiquei doido e saí pulando. Aí pulei, escorreguei, bati no portão e derrubei o portão lá de casa – relembra o torcedor, que planeja fazer em breve uma tatuagem do Corinthians na perna direita.
4 de 4 Portão na casa de Bruno que foi danificado no dia da final da Copa do Brasil 2022 — Foto: Arquivo PessoalPortão na casa de Bruno que foi danificado no dia da final da Copa do Brasil 2022 — Foto: Arquivo Pessoal
A torcida corintiana tem a tradição de reverenciar o esforço e a luta dos atletas. Dono da 'barbearia alvinegra' no São Jorge , Thiago Abreu, disse que os moradores do bairro uberlandense têm características que lembram o Timão.
– A essência do povo do bairro [São Jorge] é a mesma do Corinthians. É um povo lutador, guerreiro. É um povo, que em meio às dificuldades, sabe dar a volta por cima e que luta pelos seus sonhos – afirmou.
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