O técnico crossfiteiro e o clube mais influente da América do Sul
Aos poucos o futebol sul-americano vai se ajeitando para o que será a temporada 2023 e enquanto ela não começa efetivamente, pelo menos em alguns países, seguem as apresentações de elenco, reforços e camisetas.
No caso colombiano, por exemplo, já tivemos a primeira rodada do torneio nacional. Porém, o que realmente chamou atenção foi a repaginada pela qual passaram alguns mascotes de clubes. Os bichinhos doces, meigos e fofos de antes parecem ter participado de algum filme com The Rock e abandonaram completamente sua inocência infanto-juvenil:
Se na Colômbia a bola já rola ainda que timidamente, no Peru as duas primeiras rodadas foram adiadas por conta dos protestos e convulsão social que o país atravessa em função da crise política.
Os clubes só não estão completamente parados porque seguem aquela rotina de treinos e pré-temporada. Enquanto a federação não dá sinal verde para o início do campeonato, o colombiano Leonel Álvarez - técnico do queridíssimo Cienciano - pratica crossfit removendo árvores caídas nas estradas na saída do treinamento do time:
E essa é toda a atividade por lá, por enquanto.
Peruano que chegou pra jogar é o Paolo Guerrero, 39 anos. O centroavante negou uma possível aposentadoria com a última etapa no Alianza Lima e acertou com o Racing. Foi apresentado quase que protocolarmente, sem nada muito especial ou previamente preparado:
Diametralmente o oposto do que aconteceu no anúncio feito pelo San Lorenzo sobre a chegada do defensor colombiano Carlos LA ROCA Sánchez a Boedo. Produção hollywoodiana pra ele:
Já o Independiente, um dos clubes que mais se reforçaram no futebol argentino, esta semana festejou o aniversário de Bochini. Ele que sempre, sempre, sempre aparece por aí vestindo alguma peça do Rojo, foi convidado para comemorar com os jogadores depois de um treino. E eles fizeram um senhor de 69 anos, o maior ídolo da história do clube, passar por um corredor polonês. Era só isso.
Do outro lado do charco, rolou o primeiro e único clássico uruguaio de verão. O jogo foi bom, movimentado… tanto que nem parecia um Nacional x Peñarol do jeito que nos acostumamos e gostamos: pouco jogo e muita briga.
Deu Peñarol, nos pênaltis. E o que todos queriam saber era se o brasileiro Leo Coelho, que trocou o pelo de um dia para o outro, faria sua estreia justamente num . Pois saibam que ele fez e tirou uma "selfinha"!
Em determinado momento do jogo, ele foi assunto porque havia a desconfiança de que estava calçando chuteiras brancas, veja só você. No ambiente Peñarol há uma regra não escrita de que os jogadores são terminantemente proibidos de usar qualquer coisa que tenha como cor predominante o branco (o que é algo bem difícil por se tratar de uma cor neutra, mas também do Nacional - e aí é que está o problema).
Em 2015, Sebastián Píriz jogou um amistoso com chuteiras brancas e foi insultado o tempo inteiro pelos torcedores. No final, teve que tirá-las e jogar os calçados pra galera. Enfim, depois a transmissão fechou a imagem nos pés do Leo, até então reserva, para tranquilizar o público : não eram brancas.
Por falar em , em ouro e carvão, há um tempinho o Criciúma foi até Montevidéu para apresentar seu uniforme numa ode ao grande uruguaio. E nesta semana o Guaraní, de camiseta também inspirada no Peñarol, lançou a camiseta para esta temporada (em que o clube comemora 120 anos).
Ficou realmente linda e lembra do texto publicado neste espaço que trata sobre o gigante ser - ou ter sido - o clube mais influente da América do Sul.
O Olimpia também apresentou uniforme e deixou espaço no manto para uma estrofe de uma música da torcida: .
Simples, básico e eficiente. A camiseta teve aceitação instantânea, mas isso não significa que trouxe sorte (até porque não se pode ter tudo nessa vida).
Na decisão da Supercopa Paraguaia, o Olimpia - campeão nacional - enfrentou o Sportivo Ameliano - campeão da Copa Paraguaia - que até outro dia disputava a segunda divisão. Deu Ameliano por 1 a 0, triunfo histórico. No meio da festa e algazarra, o zagueiro Hugo Benítez, com passado no Cerro Porteño, soltou um !
É idioma guaraní e nem se preocupe em buscar a tradução. É exatamente o que você está pensando (ou muito próximo a isso). O lance é que nos gatilhos da memória, já que estamos, este espaço lembrou de outro texto publicado no agora longínquo ano de 2017 sobre com a língua dos nativos se tornou uma arma secreta paraguaia em diversos jogos de Libertadores e Eliminatórias.
Mas para não encerrar sem deixar uma alegria para a torcida olimpista, fica a lembrança do título que o Rey de Copas conquistou sem nem precisar jogar. Em 1990 o Olimpia venceu a segunda Libertadores e também a extinta Supercopa, unificando os dois principais títulos do continente à época e ganhando de brinde uma terceira: a Recopa!
Mais em @leo_lepri
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