Favoritismos do Paulistão #5: veja chances de vitória na rodada

São Paulo e Corinthians fazem o grande clássico paulista do fim de semana, e grita a diferença de comportamento das defesas. Enquanto o São Paulo é o time que menos sofreu finalizações nas quatro primeiras rodadas (33), o Corinthians é o segundo que mais permitiu conclusões aos adversários (61), uma diferença de 85% contra o Corinthians, que no entanto tem se garantido na resistência: as duas equipes levaram dois gols até aqui, o Corinthians sofreu um gol a cada 30,5 finalizações contrárias, e o São Paulo, a cada 16,5.

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Por esse ângulo, a vantagem é corintiana, uma defesa mais resistente, mas o São Paulo tem uma eficiência ofensiva maior do que os adversários que o Corinthians enfrentou até aqui: curiosamente, todos os adversários do Corinthians (Bragantino, Água Santa, Inter de Limeira e Guarani) estão entre as seis piores eficiências ofensivas da competição.

Embora candidato a herói da resistêcia, é de se esperar por um comportamento diferente do Corinthians, já que estará enfrentando na casa do adversário, o Morumbi, a equipe que mais finalizações fez até aqui no Paulistão: o São Paulo tem 76 finalizações e um gol a cada 12,7 tentativas. O Corinthians fez 52 finalizações (sexta maior marca), e um gol a cada 10,4.

O Espião Estatístico apresenta as chances de vitória de cada equipe na quinta rodada do Paulistão, que só terminará na quarta-feira. No final do texto, apresentamos a metodologia.

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Apesar das dificuldades que o Santos vem enfrentando, tem sido maior nas jogadas rasteiras. Há potencial para gol da equipe a partir de uma jogada aérea porque sem contar pênalti, o Santos fez dois gols no Paulistão, ambos levantando a bola (um deles, contra). A Ferroviária sofreu sete gols e quatro deles em jogadas aéreas. No ataque, a Ferroviária tem cinco gols, sendo quatro deles em jogadas rasteiras. O Santos sofreu três (sem contar um de pênalti) e dois foram em trocas de passes.

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As duas equipes até aqui estão chegando muito mais ao gol em trocas de passes rasteiros, ambas com três gols marcados assim dos quatro conquistados (sempre sem contar pênaltis). Defensivamente, no entanto, é a bola aérea que tem dado mais trabalho, principalmente no caso do Bragantino, que sofreu dois dos três gols em jogadas de bolas altas. O Santo André sofreu dois pelo alto e dois por baixo.

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É um jogo com potencial para gols a partir de jogadas aéreas. Sem contrar pênaltis, o Botafogo sofreu os dois gols dessa forma, e o Guarani levou os três em jogadas com bolas altas. No ataque, o Botafogo marcou dois dos quatro gols dessa forma, e o Guarani fez os dois pelo alto (sempre sem contar pênaltis).

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A expectativa é por gols porque as duas equipes estão entre as piores defesas do Paulistão, cada uma com sete gols sofridos, sendo que a Portuguesa levou um de pênalti, assim como fez um, também. Sem contar os pênaltis, há potencial maior para gol do Água Santa a partir de jogada aérea porque fez dessa forma seus dois gols na competição, e a Portuguesa sofreu três de seis assim. A Portuguesa tem potencial maior para marcar em troca de passes rasteiros: apesar de ter feito dois pelo alto e dois por baixo, o Água Santa sofreu em jogadas rasteiras seis dos sete gols que levou.

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Pelos números, o maior potencial é haver um pênalti para a Inter de Limeira porque o Ituano já sofreu dois gols dessa forma, mas a vantagem do Ituano está principalmente no fato de a Inter já ter sofrido quatro gols, três em jogadas rasteiras, enquanto a equipe de Itu sofreu dois gols (fora os pênaltis), um pelo alto e um por baixo. A Inter tem um gol marcado (pelo alto) e o Ituano marcou dois, um por baixo e um pelo alto.

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É de se esperar o São Bernardo buscando mais o jogo rasteiro, que já lhe valeu quatro dos cinco gols marcados, enquanto o São Bento, além de um gol de pênalti, fez três dos quatro gols usando bolas altas. Defensivamente, o São Bento levou um gol pelo alto e um por baixo, e o São Bernardo levou dois em jogadas aéreas e quatro em jogadas rasteiras.

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Sem contar um gol de pênalti do São Paulo, as duas equipes estão com desempenhos idênticos, que apontam para uma expectativa por gol a partir de jogada aérea: os dois times levantaram a bola para fazer três dos cinco gols marcados, e levaram um gol pelo alto e um por baixo.

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Esta partida está programada apenas para a quarta-feira, depois do jogo do Palmeiras contra o Flamengo pela Supercopa do Brasil, neste sábado, às 16h30, com transmissão da Globo. Apesar do desgaste pela viagem para uma decisão tão dura em início de temporada, o favoritismos do Palmeiras contra o Mirassol se dá principalmente porque o Palmeiras sofreu apenas um gol em quatro jogos, enquanto o Mirassol já levou cinco. Sem contar um gol de pênalti, o Mirassol sofreu os quatro gols a partir de jogadas aéreas, e o Palmeiras marcou assim dois de seus três gols (além do pênalti). É maior o potencial de gol palmeirense a partir de jogada aérea. O Mirassol tem seis gols marcados, quatro em jogadas rasteiras.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo), combinado com o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações massivas para gerar resultados. O estudo foi desenvolvido a partir de dados de diversas fontes, como CBF, Globo e Footstats.

Vale ressaltar que campeonatos de pontos corridos, como o Brasileirão, são mais fáceis de prever porque a influência do acaso tende a ser diluída entre as 38 rodadas, diferente de apenas 12 rodadas da primeira fase do Paulistão. Para os primeiros jogos do ano, a tarefa é mais difícil, já que o acaso tem peso maior e não sabemos exatamente como virão os times após mudanças de elenco (e para alguns treinadores) e sem ritmo de jogo.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Valmir Storti e Vitória Lemos

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