Equilíbrio no Paulista. No mau sentido
Quando falamos em equilíbrio do futebol pode ser algo positivo ou não. No caso deste início de Campeonato Paulista, na maioria das vez o "equilíbrio" é no mau sentido. Nas quatro primeiras rodadas, ou 32 jogos, 12 deles terminaram empatados, percentual que beira muito os 40%. Nos 20 onde houve vencedores, tivemos até boa qualidade de jogo na maioria. Mas nos empates, a maioria foi consequência ou da falta de ousadia dos envolvidos, ou da incapacidade de atacar com um mínimo de competência. Foi o caso do duelo que comentei nesta quarta para o Première, entre Santo André e Botafogo. Especialmente o Santo André, que até faz uma campanha bem razoável, mas que demorou a buscar o ataque, e depois não conseguiu sustentar a pressão.
O time da casa começou o jogo tentando se impor, mas enfrentava um Botafogo montado por Paulo Baier para se defender, e bem, com uma linha de cinco, mais dois volantes. O time de Ribeirão Preto tinha menos a bola, mas sofria pouco - dois chutes de Léo Ceará que Matheus pegou. E aos 17 ainda conseguiu sair na frente, praticamente na primeira vez que chegou na área do Santo André. Fillipe Souto tocou a Robinho. Ele tentou tabelar, mas Romário cortou. Só que o lateral se enrolou, caiu, e Matheus Mancini (que marcava Robinho) ficou olhando. Robinho acreditou e viu-se livre na marca do pênalti para fazer 1 a 0 Botafogo.
Vendo-se atrás no marcador, em casa, o Santo André foi buscar o resultado, mas parava num inspirado goleiro Matheus. Até que aos 45, Gabriel Taliari foi esperto e, ao perceber que o atacante rival Caio Dantas iria encostar nele numa disputa na área, atirou-se no chão e o árbitro Matheus Candanças caiu na conversa, marcando o pênalti. O próprio Taliari bateu e empatou.
Na segunda etapa, o Botafogo voltou claramente com a proposta de segurar o resultado. O técnico do Santo André, Vinicius Bergantin (estranho falar dele sem estar à frente do Ituano...) fez o que podia. Colocou Bonilha para controlar o meio-campo, José Hugo para incendiar pelos lados, e o comprido Will para dar presença de área. Entre os 15 e 25 minutos as coisas andaram bem, o time criou situações e confirmou o goleiro Matheus como a maior figura individual do jogo. Mas... o segundo gol não veio e o Santo André foi murchando, murchando... até que o árbitro encerrou o jogo e manteve alto o percentual de empates do Paulistão.
O que você está lendo é [Equilíbrio no Paulista. No mau sentido].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments