WSL 2023: brasileiros iniciam briga por sétimo título mundial

O domingo, 29 de janeiro, marca a largada na corrida pelo título mundial da WSL (Liga Mundial de Surfe) de 2023. Dominante na elite do surfe desde 2014, quando Gabriel Medina conquistou o primeiro troféu do país, o Brasil busca o seu sétimo caneco em nove anos. Além do tricampeão Medina, despontam como favoritos Filipe Toledo, atual detentor da coroa; e Italo Ferreira, vencedor em 2023. Dentre os concorrentes dos brasileiros, a principal ameaça é o havaiano John John Florence, justamente o único estrangeiro a vencer o Circuito Mundial desde o início do domínio brazuca.

Filipe Toledo, Gabriel Medina e Italo Ferreira brigam pelo título mundial — Foto: WSL / Diz 1 de 6 Filipe Toledo, Gabriel Medina e Italo Ferreira brigam pelo título mundial — Foto: WSL / Diz

Filipe Toledo, Gabriel Medina e Italo Ferreira brigam pelo título mundial — Foto: WSL / Diz

Assim como em 2022, a temporada começa com a tradicional etapa de Pipeline, no Havaí, com a janela indo até o dia 10 de fevereiro. 💥️A primeira chamada para o evento será neste domingo às 14h30 (7h30 locais) com transmissão do sportv e acompanhamento em tempo real do ge.

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A temporada regular conta ainda com mais 10 paradas regulares - incluindo Saquarema - até setembro, quando acontece o WSL Finals, o 11º e último evento do Circuito. Pelo segundo ano consecutivo, a etapa decisiva em mata-mata reunindo os cinco melhores do ano será em Trestles, na Califórnia, palco que consagrou Filipe Toledo há quatro meses.

- Realmente o Finals, com os cinco melhores surfistas do ano, traz uma emoçãozinha diferente para o final da temporada. É claro que tem aquela coisa de o primeiro colocado ter sido muito regular durante o ano todo e ter que competir contra mais um atleta. É difícil, mas acho que a estratégia é a mesma. É focar naquela última bateria e tentar aniquilar ao máximo, evitando as duas primeiras - disse Filipe Toledo.

Depois de um 2022 marcado pela irregularidade, Gabriel Medina está de volta ao Circuito Mundial. Ausente das primeiras etapas do ano passado por conta de uma depressão, o tricampeão ainda sofreu uma lesão no ligamento do joelho na etapa brasileira, em Saquarema, em junho, perdendo o restante da temporada. Zerado de todos os problemas, o paulista está confiante em buscar o tetra este ano.

John John Florence é a maior ameaça aos brasileiros — Foto: Cait Miers/World Surf League via Getty Images 2 de 6 John John Florence é a maior ameaça aos brasileiros — Foto: Cait Miers/World Surf League via Getty Images

John John Florence é a maior ameaça aos brasileiros — Foto: Cait Miers/World Surf League via Getty Images

- Estou feliz de estar no Havaí de novo. Para mim é um ano muito especial. Quero ir bem esse ano, que é um ano de classificação para as Olimpíadas e, é claro, eu quero muito buscar o título mundial. Tenho treinado bastante, mentalmente estou bem e agora só estou preocupado em surfar e me divertir dentro da água. Vai ser um ano legal porque todo mundo voltou a competir. O John John é um grande surfista e tem tudo para ser um Circuito Mundial no mais alto nível - comentou Gabriel.

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Vice-campeão em 2022, Italo Ferreira também vem confiante para a temporada. Campeão olímpico em Tóquio, em 2023, o potiguar investiu bastante na preparação com direito a período de treinamentos em Fernando de Noronha.

- Estou 100% fisicamente e mentalmente. Os brasileiros, sem dúvidas, são os mais fortes para temporada, são os candidatos ao título. Além dos três que estão no topo (Italo, Gabriel e Filipinho), tem o Yago Dora que é um moleque que vem surfando muito bem. Tem o Miguel (Pupo) que também pode chegar. Esse ano realmente vai ser um ano bem diferente, onde todo mundo vai querer vencer. E onde todo mundo vai poder errar. Então, acho que o título vai ser decidido no detalhe - opinou Italo.

Filipinho e Italo entre os top 5 da WSL 2022 — Foto: Pat Nolan / WSL 3 de 6 Filipinho e Italo entre os top 5 da WSL 2022 — Foto: Pat Nolan / WSL

Filipinho e Italo entre os top 5 da WSL 2022 — Foto: Pat Nolan / WSL

Bicampeão mundial em 2016 e 2017, John John Florence não estará sozinho na luta para impedir o hepta brasileiro. Além do havaiano despontam como candidatos a algozes da Brazilian Storm os australianos Jack Robinson e Ethan Ewing, além do americano Griffin Colapinto, que acabou ficando de fora do WSL Finals do ano passado.

- Acho que o Griffin vem muito forte esse ano pelo fato de ano passado ele não ter se classificado para o Finals - resumiu Italo Ferreira.

Opinião semelhante tem Michael Rodrigues, que está de volta à elite após se classificar para o Circuito Mundial via Challenger (divisão de acesso).

- Gabriel, Filipe e Italo são os três melhores do mundo. O Brasil é um forte candidato ao título, mas tem John John ali, talvez um Colapinto, para poder bater de frente com os caras. Jackie Robinson também está numa fase muito boa. Eu acho que o Brasil todos os anos tem a chance de título mundial e esse ano não vai ser diferente - destacou.

Juntando o masculino com o feminino, o Brasil será representado por 11 surfistas no Circuito Mundial 2023. Assim como no ano passado, Tatiana Weston-Webb é a única brazuca entre as mulheres. Depois de chegar ao WSL Finals 2022 e ser derrotada pela australiana Stephanie Gilmore logo no primeiro confronto, a gaúcha espera conquistar o inédito título feminino para o Brasil.

- Na minha opinião, não falta muito para termos uma "Tempestade Feminina" representando o Brasil no Circuito. Estamos com umas meninas novas quebrando. Tem a Laura Raupp, a Luana Silva, a Sophia Medina, a Bela Nalu e várias menininhas que estão representando bem o Brasil e em breve estarão no Circuito. Esse vai ser um ano difícil, eu espero passar pelo corte e brigar pelo título no Finals, como fiz ano passado - disse Tati.

Tatiana Weston-Webb quer levar o Brasil ao topo — Foto: Getty 4 de 6 Tatiana Weston-Webb quer levar o Brasil ao topo — Foto: Getty

Tatiana Weston-Webb quer levar o Brasil ao topo — Foto: Getty

No masculino, além de Filipe Toledo, Gabriel Medina, Italo Ferreira, Miguel Pupo, Yago Dora e Michael Rodrigues, o país terá Caio Ibelli, João Chianca, Samuel Pupo e Jadson André. Um dos brazucas mais antigos da atual geração - ele disputa o Circuito Mundial desde 2010 - Jadson espera fazer bonito este ano.

- O objetivo sempre vai ser conseguir os resultados o mais cedo possível. Mas são coisas que 90% das vezes não estão no nosso alcance. Às vezes a onda não vem ou você toma uma decisão equivocada. Às vezes o seu adversário é realmente superior, então cada ano é uma história, o nosso esporte é incrível por causa disso. Não dá para você prever absolutamente nada - disse o potiguar.

O Circuito Mundial 2023 terá formato e regulamento parecidos com o do ano passado. Ao longo da temporada, os surfistas disputam 10 etapas regulares. Os cinco primeiros colocados - no masculino e no feminino - se classificam para o WSL Finals, de 8 a 16 de setembro, em Trestes, na Califórnia.

A 11ª e última etapa do ano terá formato em mata-mata para definir o campeão. O evento começa com o confronto entre o 4º e o 5º colocados do ranking. Quem passar pega o terceiro e assim por diante.

O último duelo, porém, será decidido numa melhor de três. Portanto, o líder da temporada fica de by por três rodadas e enfrenta apenas um adversário em Trestles, precisando vencer duas das três baterias contra o mesmo surfista.

Itaúna, em Saquarema, será o palco da etapa brasileira pelo segundo ano seguido — Foto: Thiago Diz/World Surf League 5 de 6 Itaúna, em Saquarema, será o palco da etapa brasileira pelo segundo ano seguido — Foto: Thiago Diz/World Surf League

Itaúna, em Saquarema, será o palco da etapa brasileira pelo segundo ano seguido — Foto: Thiago Diz/World Surf League

Em 2022, Filipe Toledo conquistou o título ao bater Italo Ferreira por 2 a 0 na melhor de três. Essa foi a primeira vez que o Circuito Mundial da WSL foi decidido no formato Finals.

O Mundial de Suurfe dá a largada no Havaí, com duas etapas (Pipeline e Sunset Beach). Em seguida, em março, os surfistas desembarcam em Peniche (Portugal), seguindo depois para duas etapas na Austrália em abril (Bells Beach e Margaret River, respectivamente). Em maio, a elite do surfe mundial chega ao já tradicional Surf Ranch, na Califórnia, para uma etapa curta, com dois dias de duração.

O tour continua nas Américas em junho e julho, com as etapas de El Salvador (Punta Roca) e Brasil (Saquarema). A antepenúltima etapa acontece em Jeffreys Bay, na África do Sul, também em julho. Em agosto, o circuito chega à Polinésia Francesa, na lendária praia de Teahupoo, no Taiti.

Miguel Pupo venceu em Teahupoo em 2022 — Foto: Beatriz Ryder/World Surf League 6 de 6 Miguel Pupo venceu em Teahupoo em 2022 — Foto: Beatriz Ryder/World Surf League

Miguel Pupo venceu em Teahupoo em 2022 — Foto: Beatriz Ryder/World Surf League

Homens e mulheres vão ter o mesmo calendário, sendo mantido o corte entre os surfistas no meio da temporada. Após cinco etapas, o campeonato masculino é reduzido de 36 para 24 surfistas, e o feminino de 18 para 12. Os eliminados vão disputar a Challenger Series, divisão de acesso à elite, que é composta por oito etapas.

*O Circuito Mundial de 2023 foi cancelado devido à pandemia de Covid-19

💥️Masculino

💥️Feminino

💥️Tatiana Weston-Webb (BRA), Caroline Marks (EUA) e Teresa Bonvalot (POR)Carissa Moore (HAV), Bettylou Sakura Johnson (HAV) e Alyssa Spencer (EUA)Stephanie Gilmore (AUS), Macy Callaghan (AUS) e Moana Jones Wong (HAV)Brisa Hennessy (CRC), Isabella Nichols (AUS) e Sally Fitzgibbons (AUS)Lakey Peterson (EUA), Gabriela Bryan (HAV) e Caitlin Simmers (EUA)Courtney Conlogue (EUA), Tyler Wright (AUS) e Molly Picklum (AUS)

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