Análise: tropeço do Cruzeiro não gera alarde, mas deixa observações importantes sobre time e elenco
O Cruzeiro teve o primeiro tropeço na temporada, com o empate por 1 a 1 com o Athletic, nesse sábado, no Independência. Atuação bem distante do que o time pode apresentar e que deixa lições, mas também exige cautela para analisar. É só o segundo jogo na temporada.
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Em um ano de retorno à Série A e com orçamento abaixo de vários dos 20 clubes que disputarão a competição, é natural que qualquer tropeço gere alarde. Principalmente no Campeonato Mineiro, contra times do interior. O fato de ter sido em casa, diante de bom público, aumenta a preocupação de alguns torcedores.
Mas não há ainda motivo para tal. É bem verdade que todos os times da Série A terão orçamento maior e elenco mais qualificado do que o adversário desse sábado. Mas ainda há um caminho longo até lá. Isso é bom para o time celeste.
O Cruzeiro tem um elenco completamente reformulado, e isso não pode ser desprezado. Contra o Athletic, ficou claro que ainda são necessários ajustes pela mudança de jogadores. A saída de bola e a pressão sobre o início da construção adversária ainda não estão bem encaixadas como foram no ano passado. E nem tinham como estar. São pontos coletivos e completamente dependentes do entrosamento.
1 de 1 Cruzeiro mostra dificuldades defensivas com Bidu, pelo lado esquerdo — Foto: Gustavo Aleixo/CruzeiroCruzeiro mostra dificuldades defensivas com Bidu, pelo lado esquerdo — Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Pezzolano tinha evidenciado, em alguns momentos de 2022, que sua preferência era por jogar com uma linha de quatro atrás, apesar do sucesso que fez com os três zagueiros na Série B. Tem tentando atuar desta maneira no início de temporada, mas é possível identificar problemas.
Contra o Athletic, houve muita dificuldade pelos lados do campo. Wesley Gasolina e Rafael Bilu eram os laterais em uma linha com os dois zagueiros, quando a posse era adversária. E tiveram extrema dificuldade na marcação. Quando o time estava com a bola, Gasolina fazia o “terceiro zagueiro” pela direita, e Bidu era um ala esquerdo. Também não agregaram ofensivamente.
As laterais, neste início de temporada, aparecem como grande "calcanhar de Aquiles" no elenco de Paulo Pezzolano. Marquinhos Cipriano é o único lateral esquerdo de ofício do elenco, mas nem assim é utilizado. Na direita, Formiga (que teve bons momentos na estreia), assim como Gasolina, tem o aspecto ofensivo marcante. William, sob dúvidas no aspecto físico, é esperança para tomar conta da função.
O meio-campo ainda sofre alterações. Neto Moura tem sido acompanhado por Ian Luccas, que mostra qualidades, mas vai oscilar em função da idade. Wallisson estreou, mas acabou apagado jogando aberto pela direita. Há, ainda, o desfalque de Filipe Machado, que jogou com Neto ano passado e poderia ser peça importante neste início de trabalho, pensando em entrosamento no setor mais importante do time.
No ataque, por sua vez, o Cruzeiro parece melhor estruturado. Wesley, Bruno Rodrigues e Nikão têm uma movimentação interessante. Ainda que precisem de ajustes que só o tempo dará, são os melhores pontos do time neste início – e ainda terão a presença de Gilberto em breve. É preciso ver, no entanto, o nível de quem surge como opção no banco.
E tudo isso só ocorrerá com o tempo, amigo do Cruzeiro até o início da Série A. Tropeços como o desse sábado são importantes para saber o que funciona, mas principalmente o que não dá certo. São jogos e atuações assim que vão determinar a busca de Paulo Pezzolano por soluções no dia a dia e a forma como o clube vai atuar no mercado de contratações.
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