Análise: pênalti perdido é só uma das causas da derrota do Fluminense

A 💥️derrota do Fluminense por 1 a 0 para o Botafogo tem muita influência do pênalti perdido por Calegari e isso é inegável. Acontece que o jogo não se define apenas por esse lance. Afinal, os times tiveram mais de 90 minutos para fazer algo diferente. O primeiro mês da temporada chega ao fim com o time de Fernando Diniz sem exibir um futebol que tenha enchido os olhos e feito o torcedor esperar um ano ainda melhor do que 2022.

Até o momento em que Rafael derruba Keno dentro da área, o clássico era bastante morno. No primeiro tempo, o Fluminense foi ligeiramente melhor do que o Botafogo, mas não chegou a criar uma grande oportunidade. Com Yago Felipe em campo desde o começo, o time rodou a bola, procurou opções e dava o mesmo indício do que 💥️Fernando Diniz disse ter acontecido no jogo com o Madureira ao falar de relaxamento do time: jogadores com a percepção de que iriam fazer o gol a qualquer momento. Mas não é assim que funciona.

Faltou agressividade ao Fluminense . Não para ser um time malicioso, que interrompe o jogo a todo instante com faltas. Mas sim no sentido de atacar com mais força de vontade, em vez de tocar a bola no campo de ataque apenas em busca dos espaços. Faltaram viradas de jogo tão características no time que enfrentou o Resende na primeira partida do ano - e que teve todas as peças novamente em campo no domingo. Faltou infiltração com jogadores aparecendo nas costas da defesa adversária.

A entrada de Keno no lugar de Yago Felipe consertou esse problema e deu resultado logo aos cinco minutos do segundo tempo com passe de Paulo Henrique Ganso. Como 💥️Eduardo Barros, auxiliar de Fernando Diniz, explicou na entrevista coletiva (já que o treinador foi expulso), o volante ajuda mais a dar volume de jogo, mas o atacante tem pedido passagem com boas atuações pelo Flu. Yago, por outro lado, não dá o mesmo ritmo acelerado ao time.

Só que aí veio a cobrança de Calegari. Ainda não sabe qual foi a conversa entre ele, Ganso e os companheiros e nem o motivo de o lateral-direito, improvisado no outro lado e fazendo boa temporada até aqui, ter batido o pênalti. Ele foi decidido e bateu forte no lado direito de Lucas Perri. Mas o goleiro de 1,96m acertou o canto e se beneficiou de a bola ter ido à meia altura.

Dali em diante o jogo foi outro. Apesar de estar em menor número, a torcida do Botafogo cantou alto, embalou o time e ajudou a equipe a ir para cima do Fluminense. Tiquinho quase abriu o placar num voleio, mas a bola triscou a trave. Poucos minutos depois, o Flu não teve a mesma sorte.

Ganso e André em Fluminense x Botafogo — Foto: André Durão 1 de 1 Ganso e André em Fluminense x Botafogo — Foto: André Durão

Ganso e André em Fluminense x Botafogo — Foto: André Durão

Samuel Xavier demorou a sair para deixar o ataque alvinegro em impedimento. Victor Sá aproveitou o lançamento, disparou, viu Fábio se posicionar um pouco mais para o lado direito e deixar o canto esquerdo aberto. Foi bem ali que o atacante do Botafogo bateu para marcar o gol da vitória.

Atrás no placar, a equipe se desorganizou e passou a deixar espaços na defesa que vinha se mostrando sólida e era a melhor do Campeonato Carioca até então. Em chute mascado, Cano quase encobriu Lucas Perri, no que seria muito mais sorte do que mérito do atacante argentino, que ainda não marcou no ano. Em um time que se acostumou a construir jogadas e trabalhar a bola, três finalizações foram de cabeça, outras três em chutes com a bola rolando e uma cobrança de falta de Ganso que o goleiro defendeu.

Apesar da reclamação tricolor com a arbitragem - que foi ruim para os dois lados - o placar poderia ter sido até maior, não fosse o desperdício de um contra-ataque alvinegro de três contra um em lance que Fábio defendeu com o rosto mais para o fim da partida.

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O Fluminense de 2023 precisa voltar a ser o time que encantou os torcedores no ano passado. Deve ser levado em consideração o fato de ser uma pré-temporada, em que a perna pesa um pouco mais, e apenas a primeira derrota do ano. Porém, estranha a apatia demonstrada pela equipe que já joga com Fernando Diniz há quase um ano. Não é a mesma justificativa que alguns atletas podem ter de estar em adaptação ao novo esquema tático ou estilo de jogo do treinador.

O primeiro mês do ano terminou. O Flu volta a campo na próxima quinta-feira, quando enfrenta o Volta Redonda, às 21h10 (de Brasília), no Raulino de Oliveira, pela sexta rodada do Campeonato Carioca. A equipe é a segunda colocada, com 10 pontos, e ainda pode ser ultrapassada pelos times com jogos a menos, caso elas vençam as partidas que faltam.

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