São Bernardo vence o "polo aquático"
Comentei neste domingo para o Premiére o duelo pelo Campeonato Paulista entre São Bernardo e São Bento. Os dois focando no curto prazo a marca mística de 12 pontos, com a qual, garantem os estudiosos, um time não é rebaixado no mais qualificado dos Estaduais. O São Bernardo, que começara bem goleando a Inter de Limeira beliscara pontinhos contra Bragantino e Santos, tentava se recuperar da surra que levara do Mirassol (4 a 1), enquanto o São Bento defendia uma invencibilidade que lhe garantira 8 pontos (portanto, precisando mais uma vitória e uma empate) para não retorna à Série A2 que disputou em 2022. Um tempestade, com direito a raios, que transformou o campo numa gigantesca piscina no primeiro tempo, fez o jogo parar por 45 minutos a partir dos 14 do primeiro tempo. Na volta, foi o São Bernardo quem venceu o jogo de "polo aquático".
Mal a bola rolou e a chuva começou a cair pesada em São Bernardo. Em poucos minutos inviabilizou a drenagem do estádio e a bola não conseguia sair do lugar. Até que aos 14 minutos, quando o som dos trovões começava a ficar mais próximo, o árbitro Douglas Marques das Flores paralisou o jogo e todos foram se proteger no vestiário - a torcida também foi para debaixo da marquise, exceto um abnegado torcedor do São Bernardo que insistia em desafiar a cachoeira que caia. Aos poucos a intensidade pluviométrica diminuiu e voltaram as condições mínimas para o jogo seguir. Mas no restante do primeiro tempo, o campo pesado e, em alguns pontes, empoçado, inviabilizava qualquer tática, qualquer organização, qualquer coisa diferente de um bumba-meu-boi pro alto dos dois lados.
No segundo tempo já dava para jogar. E aí surpreendentemente nem o técnico Paulo Roberto Santos conseguiu fazer o São Bento jogar. Digo "nem" o treinador porque ele tem a cara do São Bento, parece ter nascido para comandar esse clube. Já conseguiu com ele dois acessos no Paulista (incluindo o do ano passado de volta à elite), e no Brasileiro já subiu da Série D para a Série C e desta, no ano seguinte para a Série B. Mas neste domingo o time foi absolutamente inoperante e a perda da invencibilidade era previsível.
O São Bernardo só precisou de dez minutos para começar a encaminhar sua recuperação após o "imprevisto" contra o Mirassol. Numa ligação direta de sua zaga, João Carlos escorou a marcação, tocou pelo alto a Léo Jabá e correu para a área. Jabá, de primeira, sem deixar a bola tocar no chão molhado, devolveu na marca do pênalti para João Carlos quase furar a rede, tamanha foi a pancada que abriu o placar. O São Bento continuou apenas olhando o adversário jogar e tomou o segundo gol, aos 38 minutos, em pênalti bem batido pelo experiente zagueiro Rafael Vaz.
Os dois "santos" têm condições de se manter na elite paulista - até porque e Lusinha e o Ituano estão jogando bem menos. Mas especialmente o São Bento precisa jogar fora de casa pelo menos um futebol parecido com o que tem mostrado em Sorocaba. Para não precisar, na reta final, de milagres...
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