Zé Roberto acredita que Palmeiras esperou por momento de distração do Mirassol: "Time traiçoeiro"

Acostumado a disputar a Série A do Brasileiro, o atacante Zé Roberto conhece bastante o Palmeiras, time que enfrentou por diversas vezes, pelo Ceará e Atlético-GO.

Nessa quarta-feira, enfrentou o Verdão novamente, mas no Paulistão, pelo Mirassol. Após a derrota por 2 a 0, o camisa 9 do Leão elogiou a equipe comandada pelo português Abel Ferreira.

– O Palmeiras a gente já está bem ciente que joga dessa forma. Joguei contra o Palmeiras, desde que o Abel chegou, várias vezes. Joguei pela Série A pelo Atlético, pelo Paulistão também, joguei pelo Ceará também. Acho que sempre foi um time traiçoeiro. A gente entra jogando bem, está jogando bem a partida, mas aí uma hora a gente se desconcentra e é nessa hora que eles saem fortes no contra-ataque. A maioria dos gols do palmeiras vem daí, do contra-ataque, a gente vê isso. O Abel é extremamente inteligente e profissional demais, estratégia dele, tenho que parabenizar o Abel e o time do Palmeiras por fazer o que foi proposto – disse o atacante.

Zé Roberto fala sobre derrota do Mirassol contra Palmeiras — Foto: Marcos Freitas/Agência Mirassol FC 1 de 3 Zé Roberto fala sobre derrota do Mirassol contra Palmeiras — Foto: Marcos Freitas/Agência Mirassol FC

Zé Roberto fala sobre derrota do Mirassol contra Palmeiras — Foto: Marcos Freitas/Agência Mirassol FC

💥️+ Veja a tabela do Paulistão

Na visão de Zé Roberto, o Mirassol jogou de igual para igual com o líder do Paulistão, que poupou os titulares, após o título da Supercopa do Brasil.

– Acho que a gente teve bastante chances, mas a gente não teve muitas chances claras de finalização. A gente não teve chances claras de ter o último passe pra fazer o gol. Acho que chances para finalização clara a gente não teve não, teve alguns chutes de fora da área meu, do Yuri, lance do Fernandinho também, mas não tivemos chances muito claras não. A gente está jogando bem, fazendo nosso papel, jogamos de igual para igual para o Palmeiras, independente do time que veio. Jogamos de igual para igual, demos o nosso máximo, não têm o que falar.

O atacante apontou o que considera estar faltando para o Leão voltar a vencer na competição.

– A gente tem que estar aproveitando as oportunidades. Mas é levantar a cabeça, procurar descansar bem pra poder fazer um bom jogo lá em Sorocaba. Tranquilidade, inteligência e ficar atento para o próximo jogo que para gente vai ser decisão, que vai ser o jogo mais importante do Paulista, e dar nosso máximo.

O técnico Ricardo Catalá cobrou efetividade da equipe para conseguir sair com o resultado positivo.

– Não estamos aqui para se lamentar, pelo contrário. Acho que a gente fez mais uma vez um bom jogo, finalizou mais vezes que o adversário, mais bola no alvo, faltou pra nós aquele ponto de equilíbrio em relação ao aproveitamento das oportunidades criadas e de deixar mais uma vez de sofrer gol bobo, que mais uma vez aconteceu. Isso condiciona muito o jogo, você tem que abrir contra uma equipe como o Palmeiras e o segundo gol acaba sendo mais uma circunstância de a gente ter tido coragem e personalidade de buscar o gol de empate – analisou o técnico.

Ricardo Catalá, técnico do Mirassol — Foto: Pedro Zacchi/Agência Mirassol 2 de 3 Ricardo Catalá, técnico do Mirassol — Foto: Pedro Zacchi/Agência Mirassol

Ricardo Catalá, técnico do Mirassol — Foto: Pedro Zacchi/Agência Mirassol

Catalá também fez um raio-x sobre os gols sofridos pelo Leão nas partidas do Paulistão.

– São gols mais circunstanciais do que algo padrão. Se for padrão, você consegue identificar e fica mais fácil de corrigir, mas são circunstanciais. Primeiro gol contra o Palmeiras a bola desvia, resvala, e temos uma infelicidade enorme. Aí o segundo gol obviamente é mais circunstância do jogo em si, que a gente se atirou pra buscar o empate, ele quase veio, a gente criou a oportunidade de matar o jogo, mas não conseguimos. Acho que a gente precisa fazer é continuar nessa direção, obviamente que todo mundo precisa se cobrar para que essa situação não se repita, e tá todo mundo num nível de concentração alto pra que esse nível de bola não apareça – disse Catalá.

O comandante acredita que a equipe precisaria ter finalizado melhor para sair com a vitória diante do Palmeiras.

– Acho que a gente fez um bom jogo, competiu, não fugiu da nossa característica, da nossa identidade, personalidade. Quando precisou ser empurrado para baixo, sabia o que fazer, criou as oportunidades. Acho que precisa ser um pouco mais competente, mais caprichoso nas oportunidades criadas, e de novo, conseguir encadear duas, três partidas sem levar gol que é uma coisa importante.

O próximo compromisso do Mirassol no Paulistão é neste sábado, às 15h30, diante do São Bento, no estádio Walter Ribeiro, em Sorocaba.

Mirassol x Palmeiras, Giovani — Foto: Cesar Greco / Palmeiras 3 de 3 Mirassol x Palmeiras, Giovani — Foto: Cesar Greco / Palmeiras

Mirassol x Palmeiras, Giovani — Foto: Cesar Greco / Palmeiras

💥️Zé Roberto fala sobre a próxima partida contra o Bentão, time que já defendeu.

– Jogo grande é assim, a gente sabe disso. Jogo com os grandes da capital a gente não pode dar brecha, mas é isso, ainda mais ainda contra time grande. Se a gente classificar, teremos chances mais adiante. Então agora é ter tranquilidade, fazer nosso papel, o mesmo três pontos nesse jogo são os mesmos no próximo, então conquistar os três pontos, batalhar, lutar e ficar atento aí com as dicas do Catalá para poder fazer um bom jogo em Sorocaba.

💥️Projeção do time para os próximos jogos

– A gente sabia que nós teríamos oportunidades, mas que eles também. E quem fosse mais competente nas oportunidades criadas e suprimir a do adversário, levaria o jogo e foi assim. O Palmeiras finalizou menos que a gente, não muita coisa mas menos, mas foi mais competente. A gente precisa dar um salto em relação às oportunidades criadas e ser mais consistente defensivamente, eu entendo que se a gente conseguir competir como conseguimos hoje, contra o Botafogo-SP, o Santos, como a gente competiu contra o São Bernardo. Futebol é decidido nos detalhes, os jogadores sabem disso. Agora é a hora da gente assumir as responsabilidades para pontuar para que a gente equilibre a pontuação com a nossa performance, que é boa.

💥️Escalação

– Eu acho que o jogador se escala a medida que ele realiza o dia a dia, treino, trabalho. O time acaba construindo uma identidade que vai ser a do time chamado titular. Nós vamos jogar uma maratona, a cada três dias tem um jogo, é impossível você permitir que esses jogadores estejam em campo o tempo todo, acho que agora é hora da gente usar tudo aquilo que o clube tem de estrutura e ciência para poder entender quem vai estar em melhor condição para competir. Em função da Supercopa, nós tivemos que jogar no meio de semana, nosso adversário está descansando desde o final de semana, e nós vamos jogar fora.

💥️Situação na tabela do Paulistão

– Não gostamos muito de fazer projeção mas esse é o tipo de jogo que você olha para a tabela e fala "beleza, posso perder pro palmeiras, porque é uma equipe grande, que joga de igual pra igual". É um resultado aberto, é um jogo que você pode perder ganhar ou empatar, mas não pode contar com os três pontos, acho que não foge muito da normalidade. Óbvio que ficamos com esse pontinho de chateação, de incomodo, porque a gente sabia que podíamos vencer, a gente produziu pra vencer. Precisamos trabalhar melhorar as questões defensivas e o aproveitamento das oportunidades que a gente têm criado porque mais uma vez a gente finaliza mais que o adversário, mais vezes no alto, então a gente precisa ser um pouco mais cirúrgico.

💥️Identidade do clube

É a nossa identidade. A gente iguala jogo contra qualquer equipe, em qualquer campo, em qualquer estádio, qualquer circunstância. Óbvio que existe partidas que tudo vai sair melhor e vai ter partidas que vão sair fora daquilo que planejávamos, porque também tem adversário, comissão técnica, trabalho. É óbvio que a gente conseguiu fazer o jogo que fez que demonstrou o trabalho realizado aqui.

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