Goleador do Bahia na temporada, Ricardo Goulart diz estar "à vontade" como centroavante

Ricardo Goulart já coleciona bons números na temporada 2023, com três gols marcados nas seis partidas que disputou, uma média de 0,5 gol por jogo. Isso se deve a nova função que o jogador exerce no time: a de centroavante. Goulart falou um pouco sobre a experiência na posição, que não é nova para ele.

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- Eu já atuei como centroavante. Em 2013 e 2014, naquele Cruzeiro com Everton Ribeiro. A gente tinha Júlio Baptista, tinha Borges e, com o esquema tático de Marcelo Oliveira, para ele usar o Júlio Baptista, ele me colocava na frente e o Júlio entrava de meia - completou Goulart, durante entrevista exclusiva ao ge.

Ricardo Goulart comemora gol pelo Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação 1 de 2 Ricardo Goulart comemora gol pelo Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Ricardo Goulart comemora gol pelo Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Hoje Ricardo Goulart abraça com carinho o papel de centroavante, mas nem sempre foi assim. No ano passado, inclusive, ele deixou o Santos depois de não chegar a um entendimento sobre o posicionamento em campo. Naquele momento o jogador preferia atuar atrás do centroavante.

- Estava disposto a fazer o meu melhor, mas infelizmente as coisas não saíram como planejei. Não tive a oportunidade que eu almejava ter, e não me senti respeitado pela história que construí com muito trabalho e dedicação até hoje - escreveu o jogador, em comunicado após deixar o Peixe.

Além do posicionamento, o que também tem ajudado para o bom início de ano é o fato do atacante ter feito toda a pré-temporada na Cidade Tricolor. Durante a conversa com o ge, Ricardo Goulart ponutou que os trabalhos em dezembro e janeiro foram decisivos para o que tem sido visto nas primeiras partidas de 2023.

- Está sendo muito bacana. Começar a temporada com um grupo ajuda pelo fato do entrosamento. Nosso plantel foi trocado, muita gente saiu, novos jogadores chegaram. Então esse começo de temporada me ajudou para entrosar e para que eu me prepare bem para essa sequência mais pesada de jogos - disse o atacante.

Com três gols em seis partidas disputadas até agora, Ricardo Goulart se aproxima dos números que teve pelo Palmeiras em 2023. Naquele ano, além dos três gols em seis jogos, o atacante também somou três assistências.

- Cara, o que aconteceu no Palmeiras é que, infelizmente, eu acabei retornando para a China. Então precisei encerrar meu ciclo no Palmeiras, onde eu estava bem adaptado. Em relação a hoje, fico feliz de poder dar sequência ao trabalho com um grupo novo. Hoje volto a ter um rendimento muito bom individual. É isso que esperam de mim, que eu decida jogos, faça gols. Que passe experiência para a garotada. Então espero manter essa média para colher os frutos.

💥️Números de Goulart nos seis primeiros jogos desde 2009:

O atleta também falou sobre o "segredo" para tantos gols de cabeça, uma das suas especialidades. Ao todo, ele marcou cinco gols no Bahia, desde sua chegada, e quatro deles foram de cabeça.

- Não vou falar o segredo ou a "zagueirada" vai ficar atenta com o toque e vai começar a complicar (risos). Brincadeiras à parte, questão de treino, um pouco de "feeling" ali, e eu tento imaginar mais ou menos aonde vai terminar a trajetória da bola, e talvez o marcador pensa em marcar apenas ela. E, se tem um espaço, acabo me movendo para esse espaço e o destino final da bola.

💥️Gols de Goulart pelo Tricolor

Ricardo Goulart comentou sobre o trabalho de Renato Paiva no Esquadrão. Até agora, o meia-atacante atuou em todas as seis partidas sob o comando do português, mas só iniciou jogando em três delas.

Apesar da inconstância no time titular, Goulart é uma peça fundamental para o elenco de Paiva. Um exemplo disso é que, nos jogos contra a Jacuipense e Barcelona de Ilhéus, ele entrou para fazer os gols da vitória do Bahia.

- Ele gosta de que faça o plano de jogo dele, na ideia dele. Essa paciência dele temos notado. Mas temos notado que nosso nível tem aumentado. O nosso estilo de jogo está bem claro para quem está assistindo, observando o crescimento da equipe. Apesar do início do trabalho, está sendo muito bem visto e bem trabalhado - lembrou.

Renato Paiva (esquerda) e Ricardo Goulart em jogo do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia 2 de 2 Renato Paiva (esquerda) e Ricardo Goulart em jogo do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Renato Paiva (esquerda) e Ricardo Goulart em jogo do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Goulart está sendo uma opção importante para o ataque de Renato Paiva, já que Everaldo, contratado para esta temporada junto ao Kashima Antlers, não está em boa fase e ainda não marcou gol com a camisa azul, vermelha e branca. O meia-atacante falou um pouco sobre Everaldo e a adaptação do recém-chegado com o elenco.

- Sabemos que uma adaptação depois de ficar um tempo fora do Brasil, ele estava no Japão, pode demorar um pouco. Mas temos conversado com ele, tem muita qualidade, centroavante com muito faro de gol. Tenho certeza que ele vai começar a marcar logo logo, vai deslanchar e ajudar o Bahia. É um grande profissional e vai colher os frutos. Estamos aqui para ajudar, temos uma relação muito boa e o grupo confia nele também - afirmou.

Ricardo Goulart tem boas chances de atuar contra o Ferroviário, neste sábado, às 20h30 (de Brasília), na Arena Fonte Nova, pela segunda rodada do Nordestão.

- Expectativa é boa, apesar de que a gente acabou treinando bem pouco, tivemos hoje pela manhã o treino. Mas na base da conversa, alguns ajustes, estamos preparados, jogar diante da nossa torcida, nossa casa. Campeonato diferente, precisamos do triunfo, sabemos das dificuldades, mas estamos jogando em casa, temos um grande jogo e vamos continuar fazendo o nosso jogo e nos doar ao máximo para que possamos vencer a primeira na Copa do Nordeste.

Enquanto aprende e evolui com Renato Paiva, Ricardo Goulart também vive momentos de "professor". O atacante de 31 anos é o mais vellho do setor no elenco do Bahia. Ele contou ao ge como tem funcionado a relação com Biel e Kayky, jovens jogadores que completam o, até agora, trio de ataque ideal do Tricolor.

- O Biel eu já conhecia de jogar contra, já sabia da qualidade dele. O Kayky surgiu muito rápido no Fluminense, logo depois foi vendido para o Grupo City. Ele jogou pouco no Brasil como profissional. Está sendo muito legal. Tento ajudar eles, para que eles possam se adaptar um pouco mais rápido. Amadurecer um pouco mais rápido. Mas é tudo com o tempo. Eles estão vindo de uma crescente muito boa com o professor Renato Paiva. Eles estão recebendo oportunidades e estão fazendo o que o professor está pedindo - avaliou Ricardo Goulart.

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