"Futebol é minha obsessão": Abel Ferreira reconhece excessos e se vê em evolução no Palmeiras

Campeão sete vezes desde que chegou ao Palmeiras, em novembro de 2023, Abel Ferreira tem sido, por muitas vezes, mais notícia por causa do seu comportamento do que pelas conquistas. Ou, como o próprio treinador definiu no último sábado, pelos "excessos".

Após a vitória contra o Santos, no Morumbi, o treinador protagonizou mais uma entrevista coletiva com declarações fortes, sinceras e diretas, principalmente sobre sua relação com a imprensa por causa da repercussão da expulsão na Supercopa.

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Ao ser questionado sobre a alcunha que recebeu do locutor do Palmeiras presente no Morumbi, que o anunciou como o "treinador mais invejado do país", Abel falou também sobre o desejo de continuar evoluindo no futebol e respondeu:

– Não... Eu sou um homem abençoado por Deus em tudo. Eu sou só grato em relação a isso. Só tenho que agradecer. Em relação a isso, nem sei direito o que dizer. As coisas não devem ser vistas dessa maneira. Estou onde estou e quero chegar mais longe, fruto de muito trabalho, conhecimento e estudo.

– Aprendi com um ex-presidente meu, que falava para eu aprender com os melhores, o porquê de serem os melhores. Isso que eu faço desde que o futebol é minha obsessão. E, às vezes, fruto dessa obsessão, cometo alguns excessos. Já disse que é um processo que tenho que rever, mas ver dentro da minha paixão e intensidade que vivo o futebol – disse o palmeirense.

Palmeiras x Santos, Abel Ferreira — Foto: Marcos Ribolli 1 de 1 Palmeiras x Santos, Abel Ferreira — Foto: Marcos Ribolli

Palmeiras x Santos, Abel Ferreira — Foto: Marcos Ribolli

Antes, Abel já havia questionado os jornalistas o motivo de alguns feitos positivos alcançados por ele no Brasil e pelo Palmeiras não terem a mesma repercussão em comparação aos lances de indisciplina.

Campeão da Libertadores em 2023 e 2023, da Copa do Brasil de 2023, da Recopa Sul-Americana de 2022, do Paulistão de 2022, do Brasileirão de 2022 e da Supercopa de 2023, o treinador, que já é o terceiro maior vencedor de títulos da história do Verdão, soma também 41 cartões amarelos e seis expulsões.

– Sim, tenho de melhorar o meu comportamento na área técnica, mas tenho que demonstrar com exemplos. No mesmo dia que eu fui expulso outros treinadores foram. Viram alguém dizer alguma coisa? Vocês podem escolher o que querem. Eu tenho coisas boas e negativas como todos nós. Ninguém é perfeito. Deus não agradou a todos, muito menos eu. Picharam os muros (os torcedores), mas hoje chegaram a mais um recorde. Número de gols, de pontos, equipe que menos derrotas teve fora, mais gols fez na Libertadores, mais vitórias fez na Libertadores... Viram alguém valorizar isso?

– Querem ver meus defeitos, tenho alguns. Na área técnica é o que for preciso para ganhar. Sou competitivo de natureza. Uns gostam da minha forma de ser, outros não. Não estou aqui para agradar ninguém, estou aqui para ganhar. Não vim para o Brasil para fazer amigos. Quando estou a competir é para ganhar. Essa é a minha forma de esporte. Eu aqui sou um boneco, mostro o que eu quero. O que realmente me interessa é o que os meus jogadores e minha família pensam... – declarou Abel.

Abel Ferreira tem contrato com o Palmeiras até o fim de 2024. O treinador é o mais longevo do futebol brasileiro atualmente e já ocupa um espaço importante na história do clube. A idolatria da torcida não se dá somente pelas conquistas, mas também pelo estilo dentro e fora de campo.

– Nossos torcedores desfrutaram de vir jogar aqui, de ver nossa equipe. O que eu mais gosto de ver nessa torcida, além do festejo dos gols, é quando festejam quando recuperamos a bola, a cada corte e defesa que fazemos. É o respeito que esses jogadores conquistaram – contou Abel.

A decisão de mandar o clássico no Morumbi, aliás, teve participação direta do treinador português. Se o assunto causou descontentamento entre torcedores e conselheiros, a opção de usar o estádio do São Paulo na indisponibilidade do Allianz Parque agradou.

– Essa é uma das coisas que a Federação Paulista de Futebol, que eu entreguei um documento com 12 páginas dizendo o que eu pensava sobre os aspectos bons e o que deveriam melhorar. Um dos fatores para que possam haver bons espetáculos é ter uma grama boa. Nós gostaríamos de jogar na nossa casa, mas na impossibilidade, vir aqui jogar no estádio mais próximo, com o gramado top, é bom jogar aqui, proporcionando 49 mil torcedores a virem aqui... Acho que foi muito bom.

– A nossa rivalidade com o São Paulo é dentro das quatro linhas, é assim que eu vejo. Eu já falei que tinha uma amizade boa com o Crespo, não que não tenha com o Ceni, mas tinha uma maior com ele porque éramos vizinhos. Ele morava na torre de trás, até aí eu estava na frente dele (risos). Rival é dentro das quatro linhas. Fora, todos devem se unir em torno de um bem comum, que é o futebol. Em Barueri a grama estava uma bosta. Acho que foi a melhor solução para assistir um bom espetáculo dentro e fora. Nossos torcedores desfrutaram muito – declarou o português.

Líder do Grupo D com 14 pontos, o Palmeiras também é o dono da melhor campanha geral da primeira fase do Campeonato Paulista até o momento. Na próxima fase, o Verdão recebe a Inter de Limeira no Allianz Parque, na quinta-feira.

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