Análise: Inter mostra dois lados em empate, fica abaixo do esperado no Gauchão e ouve vaias

Se o Inter passou o recesso com o discurso que a sequência do grupo seria uma vantagem, o início de 2023 não confirma na prática, como se viu no empate em 2 a 2 com o Caxias, nesta quarta-feira, em pleno Beira-Rio. O desempenho da equipe está abaixo do mostrado no vice-campeonato do Brasileirão e a campanha no Gauchão, distante do Grêmio, causa desconforto e até vaias - justas, diga-se.

Com mais metade da primeira fase disputada, o Colorado soma 10 pontos em 18 possíveis, o que representa um aproveitamento de apenas 55,5%. No mesmo período do ano passado, sob o comando de Alexander Medina, o time tinha 11.

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+ Mano assume responsabilidade por fase

Rei do empate, com quatro igualdades, acumula apenas duas vitórias. Com um detalhe: em quatro partidas no Beira-Rio. A situação fica pior ao comparar com o Grêmio. Mesmo com um jogo a mais, os comandados de Mano Menezes têm cinco pontos a menos (15 a 10) que o maior rival. O próprio Mano reconhece que isso pesa para o momento.

Vitão e Rodrigo Moledo tentam retomar solidez defensiva do Inter — Foto: Tomás Hammes 1 de 2 Vitão e Rodrigo Moledo tentam retomar solidez defensiva do Inter — Foto: Tomás Hammes

Vitão e Rodrigo Moledo tentam retomar solidez defensiva do Inter — Foto: Tomás Hammes

Os números chancelam o desempenho aquém das expectativas. A manutenção do time titular foi propagada no Beira-Rio como o trunfo para a retomada das conquistas. A sequência do trabalho de Mano, um grupo conhecido, a mecânica de jogo. Mas essa química ainda não apareceu de maneira plena.

O empate em 2 a 2 com o Caxias escreveu o mais recente capítulo deste início trôpego. O time perdeu chances de um placar mais dilatado antes do intervalo após abrir com um belo gol de Pedro Henrique, embora irregular, já que estava impedido. O próprio atacante acertou uma bola na trave e ainda teve outra oportunidade. Johnny também.

- Mudaram campeonato, adversários e característica do jogo. O Inter do primeiro tempo foi do ano passado, com mecânica e qualidade. Quando cria, temos que matar o jogo e colocar a bola para dentro. Falta isso, mas não trabalho e dedicação. Todos estão comprometidos. A responsabilidade é minha - analisou Mano.

Mano Menezes tenta recuperar o padrão apresentado em 2022 — Foto: Tomás Hammes 2 de 2 Mano Menezes tenta recuperar o padrão apresentado em 2022 — Foto: Tomás Hammes

Mano Menezes tenta recuperar o padrão apresentado em 2022 — Foto: Tomás Hammes

No segundo tempo, todavia, a equipe pouco produziu, principalmente após as saídas de Alan Patrick e Pedro Henrique, e afundou em dois minutos. Levou a virada em um apagão do sistema defensivo. O primeiro de Wesley, aos 33, quando Keiller cortou uma cobrança de falta, mas ninguém recuperou a bola e impediu o atacante de estufar as redes.

Aos 35, Vitão deu um chutão para frente, mas o Caxias ficou com a posse, o Inter não cortou e, após cruzamento da direita, a bola passou pelo próprio Vitão e Moledo até encontrar novamente Wesley. O Inter ainda teve forças para chegar ao empate com Alemão. Já nos acréscimos, o centroavante completou de cabeça o cruzamento de Carlos de Pena para evitar a derrota.

A disposição não impediu o descontentamento de parte das arquibancadas. Ao término da partida, houve vaias e protestos ao presidente Alessandro Barcellos. Mano, ao deixar o gramado, ainda bateu no peito, como um mea culpa.

À procura de soluções, o Inter volta aos trabalhos na tarde desta quinta-feira. O time precisa encontrar um rumo para retomar a tranquilidade. O duelo com o Brasil de Pelotas ocorrerá no sábado, às 20h30, no Bento Freitas.

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