Pilares da defesa, Gómez e Weverton também são "auxiliares" de Abel no Palmeiras

Dono da melhor defesa do Campeonato Paulista e com cinco gols sofridos em sete jogos no ano, o Palmeiras passa por um momento de reorganização do seu sistema defensivo, após a saída de uma peça importante como Danilo, mas mantém seu desempenho baseado em dois pilares: Weverton e Gustavo Gómez.

Dois dos maiores de suas posições na história do clube, o goleiro e o zagueiro palmeirenses são fundamentais não só na atuação direta, com defesas ou desarmes, mas também sendo "auxiliares" de Abel Ferreira em campo.

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O primeiro exemplo é mais visível, o resultado. No recorte dos últimos 50 jogos do Palmeiras, essa dupla começou como titular em 39 vezes. Nessas ocasiões foram 25 vitórias, 11 empates e três derrotas, com 29 gols sofridos (0,74 de média).

1 de 2 Abel Ferreira conversa com Gustavo Gómez e Weverton na Academia de Futebol — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Abel Ferreira conversa com Gustavo Gómez e Weverton na Academia de Futebol — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Neste período de 50 jogos, o Palmeiras sofreu 35 gols, passando 26 partidas sem a defesa ser vazada. Destes jogos sem sofrer gols, 18 tinham Weverton e Gustavo Gómez no time inicial. Mérito não só da dupla, como o discurso de treinador e elenco mostra.

– Queríamos terminar o jogo sem sofrer gols, mas sofremos no finalzinho. Eu fiquei muito triste, fiquei puto mesmo. Mas é manter a concentração no próximo jogo e não sofrer gols – disse Murilo após a vitória contundente do Verdão contra o Santos, por 3 a 1.

Outro fator, além dos números, mostram a importância dessa dupla. Buscando se firmar na posição deixada por Danilo, Gabriel Menino deu o último exemplo de como o capitão palmeirense o auxilia taticamente dentro de campo.

– O Abel sempre cobra da tática, me fala para eu jogar no meu espaço, respeitar o do companheiro. Isso é o mais difícil. O Zé e o Gómez me ajudam muito, são treinadores em campo, consigo ouvir melhor do que o Abel que está de fora – disse o meia em entrevista à ESPN, incluindo Zé Rafael na resposta.

2 de 2 Abel Ferreira e Gabriel Menino no jogo do Palmeiras contra o São Bento — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Abel Ferreira e Gabriel Menino no jogo do Palmeiras contra o São Bento — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Conselhos e orientações importantes para um jogador que ocupa uma faixa importante do campo. Além dessas instruções dos "jogadores-auxiliares", o sistema defensivo do Palmeiras, no caso tendo Menino como peça nova, passa por uma mudança.

– Fizemos uma inversão. Com o Danilo, deixávamos mais ele construindo a frente dos dois, três jogadores que temos ali, um 3-1. Agora temos um 3-2, para ter uma ajuda maio – disse Abel após o empate contra o São Paulo, na terceira rodada do Paulistão.

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– O Abel nos chamou (eu e Zé) falando que iria mudar a forma do nosso time jogar, principalmente a dos volantes. Não ia ter mais um “5”, ele ia jogar com dois “8”. Toda hora que um for, o outro tem que ficar. E o nosso jogo é meio parecido. Chutamos bem e gostamos de pisar na área. Quando ele vai, eu tenho que ficar, quando eu vou, ele tem que ficar – completou Menino.

Ajeitando a casa com o campeonato andando, o Palmeiras segue com uma defesa pouco vazada, a melhor do Paulistão. Nesta quinta-feira, recebe a Inter de Limeira no Allianz Parque, às 19h30. Em seu estádio, na temporada, ainda não sofreu gols – e nem marcou.

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