Análise: Lucas Lima simplifica o jogo e dá esperança ao Santos
O Santos goleou a Portuguesa 4 a 0, no último domingo, na Vila Belmiro, pela décima rodada do Campeonato Paulista. Em que pese a fragilidade do adversário, sério candidato ao rebaixamento, o Peixe mostrou que pode existir uma luz no fim do túnel após tanta turbulência neste começo de ano.
Em boa parte, a resposabilidade pelo céu santista clarear após chuvas e trovões é Lucas Lima. Contratação muito questionada por torcedores, o meia mostrou que, às vezes, só é preciso fazer o básico.
O camisa 23 simplificou a partida. Trocou os chutões dos zagueiros e disputas por segunda bola pelo jogo cadenciado, com passes limpos e proporcionando oportunidades de gol. Tanto que, em uma partida, o Santos fez o equivalente à metade dos gols que havia feito em nove rodadas.
1 de 1 Lucas Lima durante jogo entre Santos x Portuguesa — Foto: Raul Baretta/ Santos FCLucas Lima durante jogo entre Santos x Portuguesa — Foto: Raul Baretta/ Santos FC
Outra característica de Lucas Lima foi fazer o time jogar para frente. Em diversas partidas, o Peixe tocou muito a bola para o lado e para trás, com pouca movimentação dos atletas para o desenvolvimento das jogadas. Com isso, quase não ameaçava os adversários. Faltava criar chances claras de gol.
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E isso também apareceu com o meia de 32 anos. Não é preciso prender a bola, esperar o adversário se recompor. São toques verticais, simples, como o que deixou Marcos Leonardo na cara do gol para abrir o placar contra a Lusa. Como foi, também, para Ângelo, que avançou sozinho, mas se atrapalhou ao entrar na área e permitiu que o defensor adversário se recuperasse no lance.
Além disso, Lucas Lima parece estar focado em se provar para o torcedor e para o próprio Santos. No segundo tempo, por exemplo, Marcos Leonardo caiu após uma dividida e todos os jogadores do Peixe que estavam em volta pararam para reclamar com o árbitro Raphael Claus. Todos, menos Lucas Lima. O meia se preocupou em cercar o jogador da Portuguesa que ficou com a bola e recuperar a posse perto da área do rival. E por pouco não conseguiu.
Porém, é preciso novamente recordar a limitação do adversário. A Lusa não é um parâmetro para o nível dos times que o Santos enfrentará no Campeonato Brasileiro. Há a necessidade de evoluir. O técnico Odair Hellmann e o próprio Lucas Lima estão conscientes disso.
O Santos precisa ser capaz de atuar desta forma também em clássicos. Nos dois que disputou neste ano, foi derrotado até com certa facilidade por São Paulo e Palmeiras. É necessário, também, o entrosamento. Muitas peças chegaram agora e já estão jogando. Lucas Lima e Joaquim, por exemplo, já são titulares.
A vitória, de forma contundente, serve para reerguer um pouco o moral do time que, até a rodada anterior, ainda corria risco de ser rebaixado no Paulistão. Ajuda o time a ter confiança para crescer no estadual e na temporada. Mas é preciso ser constante, demonstrar essa mesma postura em jogos maiores.
Desde o início da gestão Andres Rueda se falou muito que o maior problema do Santos era achar o homem responsável pela armação da equipe. Muitos nomes passaram pela função: Gabriel Pirani, Marcos Guilherme, Jean Mota, Carlos Sánchez, Soteldo, Mendoza, Ivonei, Carabajal, Ed Carlos, Ricardo Goulart e Luan foram alguns desses.
Talvez, Lucas Lima seja finalmente esse nome. O meia experiente, ao menos, começou a mostrar credenciais para assumir este posto.
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