Apesar de investimento recorde, Bahia não embala no 1º bimestre e vive primeira crise com Grupo City
A euforia com a chegada do Grupo City ao Bahia deu lugar à primeira crise em pouco mais de dois meses. Com investimento recorde em sua história, o Tricolor ainda não embalou na temporada e já viu a fúria da torcida com protestos dentro e fora do estádio.
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O Bahia já ultrapassa R$ 60 milhões em investimento na montagem do elenco para 2023 e vai elevar esse número nos próximos dias, com a chegada do volante Yago, comprado por R$ 8 milhões fixos e possibilidade de mais R$ 2 milhões de bônus junto ao Fluminense.
1 de 2 Torcedores do Bahia cobram jogadores no desembarque — Foto: Tiago Reis / geTorcedores do Bahia cobram jogadores no desembarque — Foto: Tiago Reis / ge
Para se ter uma ideia do impacto do Grupo City no Bahia, em pouco mais de dois meses de gestão do futebol, o Tricolor já é dono das quatro maiores compras de jogadores da história do futebol nordestino.
💥️As maiores compras do futebol nordestino:
Contudo, dentro de campo, o investimento ainda não deu o resultado esperado. Apesar de ser líder e ter se classificado com antecedência no Campeonato Baiano, o Tricolor tem uma temporada de atuações instáveis e vaias recorrentes na Arena Fonte Nova.
Nas competições mais duras, o desempenho do time treinado pelo português Renato Paiva é ainda pior. Na Copa do Nordeste, a equipe está na lanterna do Grupo B, com quatro pontos em cinco jogos e ainda não venceu uma equipe de fora do estado.
O Tricolor tem, neste momento, a pior defesa entre os clubes que vão disputar a Série A em 2023. E muitos desses gols sofridos saíram nas derrotas por 3 a 0 para o Fortaleza, na Arena Fonte Nova, e 6 a 0 diante do Sport, na Ilha do Retiro. Neste último caso, uma mancha na história do clube, repetindo placares de 1959 pela Taça Brasil e em 1956, no Torneio Pernambuco-Bahia.
Após a última derrota, a torcida tricolor foi além das vaias na Arena Fonte Nova e decidiu protestar no desembarque da delegação no Aeroporto de Salvador. A passagem dos jogadores pelo saguão foi tensa e com gritos de "time sem vergonha".
- Essa po*** de ontem era um clássico. Vocês não fizeram como um clássico não. Vocês tem que se resolver nessa po***. Se vai jogar no Bahia, é como homem. Se não, pede para sair - disparou um torcedor.
A situação não mudou muito nas últimas horas, e os os muros da Cidade Tricolor foram pichados nesta sexta-feira. As maiores críticas estão voltadas para o trabalho do diretor de futebol Cadu Santoro, chamado de incompetente.
2 de 2 Cadu Santoro, diretor de futebol do Bahia, é alvo de protesto da torcida — Foto: Redes SociaisCadu Santoro, diretor de futebol do Bahia, é alvo de protesto da torcida — Foto: Redes Sociais
O momento ruim do Bahia já fez o técnico Renato Paiva ser questionado sobre o futuro no clube. Na última entrevista coletiva, o treinador repetiu postura desde que chegou e manteve a confiança no trabalho que está sendo feito.
- Tranquilíssimo sempre e equilibrado. Consciência do meu trabalho é que me define. Estamos fazendo o que podemos e sabemos para melhorar a equipe. Temos que saber viver com essas goleadas, foi a maior da minha carreira como treinador, sofri 5 a 0 pelo Independiente contra o Palmeiras. Temos que tirar lições delas.
Mas o futebol vai dar ao Bahia de Renato Paiva novas oportunidades de se recuperar e refazer as pazes com a torcida. Como no domingo, na última rodada da primeira fase do Baiano, é o time sub-20 que vai ao campo de jogo, o treinador ganhou mais alguns dias para trabalhar a equipe e corrigir os erros antes de voltar a jogar. Na próxima semana, porém, estão marcados os maiores desafios, com jogo contra o Jacuipense, pela Copa do Brasil, e clássico diante do Vitória, na Copa do Nordeste.
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