Depois de vexame do Bahia, Everaldo avalia o comportamento do time: "O treino já foi diferente"

A goleada sofrida pelo Bahia contra o Sport, por 6 a 0, não vai sair da mente do elenco tão cedo. Porém, o clima na Cidade Tricolor mudou após o revés em Recife, pela 5ª rodada da Copa do Nordeste.

Durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, o atacante Everaldo, que foi substituído no intervalo do jogo e ficou apagado na primeira etapa, falou sobre o comportamento dos jogadores no primeiro treino depois da goleada e lembrou da sequência decisiva que o Tricolor terá na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste.

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Everaldo, atacante do Bahia — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia 1 de 3 Everaldo, atacante do Bahia — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Everaldo, atacante do Bahia — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

- A gente teve uma reunião hoje entre nós jogadores, entre a comissão técnica. Obviamente nós jogadores não vamos externar o que a gente falou. Mas o torcedor pode confiar no que vem sendo feito. Infelizmente faz parte do processo. Não é desculpa o que eu falo aqui. Ninguém queria entrar no jogo e perder da maneira como perdeu. Mas infelizmente aconteceu. Agora tem que virar a chave, ver onde errou. Acho que todo mundo sentiu, já viu que o comportamento tem que mudar dentro e fora de campo. É o que nós vamos fazer agora. Estamos indignados. Tem que dar sequência no trabalho, focar. Vai ser um mês muito decisivo para nós - completou o atacante.

A derrota para o Sport na última quarta-feira foi a maior goleada aplicada no clássico. As únicas vezes que o placar de 6 a 0 se repetiu foram no Torneio Pernambuco-Bahia de 1956 e na Taça Brasil de 1959.

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O confronto contra o Sport foi o segundo desafio do Tricolor contra times da primeira prateleira do futebol nordestino. No primeiro jogo, contra o Fortaleza, o Bahia também perdeu de forma vexatória, por 3 a 0, em plena Arena Fonte Nova, pela 3ª rodada do Nordestão.

Everaldo durante treino do Bahia — Foto: Divulgação/EC Bahia 2 de 3 Everaldo durante treino do Bahia — Foto: Divulgação/EC Bahia

Everaldo durante treino do Bahia — Foto: Divulgação/EC Bahia

Para Everaldo, as derrotas são frutos do maior tempo de trabalho dos adversários e da falta de entrosamento no elenco do Bahia.

- Como eu falei, é um começo de um processo. O Fortaleza é um time que já vem jogando há muito tempo com a comissão e os jogadores. Isso favorece muito eles. E é o que estamos buscando. Claro que ninguém queria que fosse assim, mas é um começo difícil e é o processo. Para a gente entrosar, precisamos de tempo - lembrou o camisa 9.

No desembarque do Bahia em Salvador, depois da goleada sofrida em Recife, um grupo de torcedores protestou contra o desempenho da equipe e, na manhã desta sexta-feira, a assessoria do clube confirmou que os muros da Cidade Tricolor foram pichados com críticas ao diretor de futebol, Cadu Santoro.

Protesto da torcida do Bahia no aeroporto de Salvador — Foto: Tiago Reis / ge 3 de 3 Protesto da torcida do Bahia no aeroporto de Salvador — Foto: Tiago Reis / ge

Protesto da torcida do Bahia no aeroporto de Salvador — Foto: Tiago Reis / ge

O centroavante tricolor defendeu o direito de protesto da torcida e ressaltou o incômodo do time com o resultado apresentado dentro de campo.

- O torcedor tem total direito de protestar, desde que seja um protesto pacífico. Mas não pensem que estamos confortáveis com o que aconteceu. Doeu. Está doendo, está sendo difícil. Hoje a gente se reuniu, conversamos bastante sobre o assunto. Todo mundo está indignado. Agora, como falei, doeu, está doendo, mas tem que virar a chave. Buscar trabalhar, falar pouco e trabalhar. É isso que tem que fazer - disse Everaldo.

A próxima partida do Bahia é no próximo domingo contra o Itabuna, em Camacã, às 16h (de Brasília), pela última rodada do Campeonato Baiano. O Esquadrão já garantiu a liderança da competição e, por isso, vai para o jogo com a equipe sub-20.

💥️Falas de Paiva no vestiário
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O treinador tem o direito dele de falar o que ele quiser, de tomar as decisões que ele quiser. Nós como jogadores temos que acatar. Aqui é uma hierarquia. Temos que fazer aquilo que ele pede. Agora é trabalhar, não tem muito o que ficar falando. Na quarta é um jogo de Copa do Brasil, de mata, tenho certeza que o torcedor vai comparecer, e as coisas vão mudar. E as coisas só vão mudar com resultado

💥️Motivação contra o Itabuna
- Como eu falei, é o time sub-20 que vai jogar. Isso nos dá tempo para treinar. Como eu falei, não é questão de desculpa, são fatos. É um time novo, onde vários jogadores chegaram a pouco tempo. O time não está totalmente entrosado, muito por conta do calendário. Nós não temos tempo para treinar. A gente mais recupera, joga e viaja. O que dificulta bastante na filosofia do que o treinador pede. Então dessa vez vamos ter um tempinho aí para trabalhar e assimilar o que o treinador pede e o as coisas que a gente vem fazendo errado. Então é foco no trabalho e determinação. A gente tem que se entregar nos treinamentos. Porque o que acontece no treino reflete no jogo. Estamos fechados como grupo e ciente dos maus resultados que estão acontecendo. O que a gente tem que fazer agora é trabalhar. Momento de ouvir mais. Fechar a boca, falar menos, e dar o melhor dentro de campo.

💥️Ao que você credita sua fase atual?
- Bom, eu estou trabalhando, fazendo meu melhor. Todo dia estou evoluindo mal. Eu venho de três anos jogando fora do país, em uma cultura totalmente diferente. Não estou feliz. Estou indignado. A única forma de responder é com trabalho. Nos treinos, jogando, me dedicando. Confio muito no meu potencial. Sei que as coisas vão mudar. Não só para mim, mas como coletivo, como grupo. Entendo a indignação da torcida, às vezes as coisas não acontecem como a gente quer. Não gosto de chegar em casa depois de uma derrota, chegar em casa sem ter feito gol. E eu desconto nos treinamentos, e é isso que estou fazendo. Eu sei que as coisas vão voltar a acontecer. Não é como começa, é como termina.

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