Análise: Santos precisa resolver o problema da bola aérea com urgência

O Santos ficou no empate contra o Corinthians em 2 a 2, no último domingo, na Vila Belmiro, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista. O resultado sai como um "prêmio" ao Peixe, que estava perdendo até aos 43 minutos do segundo tempo.

A partida contra um rival de peso foi o teste que Odair Hellmann precisava para saber se o time está realmente evoluindo ou só enfrentando adversários mais frágeis, que facilitavam o trabalho santista em campo, como o Ceilândia-DF na Copa do Brasil.

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Em campo, o Santos repetiu o roteiro dos outros clássicos. Começa melhor contra o um adversário que não ameaça tanto. Porém, sai atrás no placar graças a uma bola cruzada em sua área.

A diferença é que, desta vez, a reação veio ainda no fim do primeiro tempo. Mesmo assim, o Peixe voltou a ficar atrás, novamente, em uma bola alçada na área em que ninguém conseguiu cortar.

O Corinthians aproveitou pouco a maior deficiência do rival. Para sorte do Santos. Odair Hellmann precisa resolver, urgentemente, o que está escancarado como o grande problema, a bola aérea defensiva.

1 de 1 Santos x Corinthians, Yuri Alberto e Maicon — Foto: Marcos Ribolli

Santos x Corinthians, Yuri Alberto e Maicon — Foto: Marcos Ribolli

Falar que os erros em bola aérea não são de hoje, o que em parte é verdade, é mascarar um trabalho falho neste sentido. É difícil entender. O técnico santista trabalhou, e muito, essa situação durante a pré-temporada. Nos treinos abertos também foi possível acompanhar o elenco treinando para este tipo de jogada. Mas parece que nada acaba sendo traduzido para o campo.

O comandante do Peixe reclama do pouco tempo para treinar e da necessidade de buscar o entrosamento com um campeonato em disputa. Mesmo assim, este tipo de falha em posicionamento depende mais da atenção dos jogadores do que entrosamento.

Essa fragilidade foi explorada por quase todos os adversários até aqui. São Paulo e Palmeiras fizeram o resultado desta maneira. O Santo André ameaçou o Santos assim. O Ceilândia quase abriu o placar na Copa do Brasil em uma cobrança de escanteio, salva por João Paulo. Sendo que os dois últimos exemplos foram em jogos que o Peixe esteve bem em campo.

O Campeonato Paulista está perto do fim. No mata-mata, caso o Santos se classifique, o time deve enfrentar somente clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Na Copa do Brasil, apesar de uma segunda fase mais "tranquila", não deixa de ser um confronto perigoso. O Peixe quase foi eliminado nesta etapa em 2022.

É preciso estancar a sangria, tornar o time mais sólido neste tipo de jogada antes que a temporada passe a ficar mais complicada.

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