Fifa The Best: Real Madrid sai como injustiçado em noite de coroação de Messi e da Argentina
A noite de gala da Fifa, em Paris, na última segunda, teve cores bem definidas: o azul e o branco da Argentina, campeã do mundo em dezembro, deram o tom e dominaram as premiações relativas ao futebol masculino. Messi foi coroado mais uma vez como o melhor jogador do planeta, o técnico Lionel Scaloni superou adversários de peso e Emiliano Martínez faturou o prêmio de melhor goleiro. Mas, em meio à glória argentina, houve quem saísse injustiçado: os representantes do Real Madrid.
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Não foi à toa que o clube merengue não enviou absolutamente nenhum representante entre seus atletas e membros da comissão técnica para a cerimônia. Mesmo tendo sido a grande equipe da Europa e do futebol mundial na temporada 2023/22, o Real Madrid não teve nenhum de seus ícones premiados, em uma edição, em que, na teoria, deveria ser protagonista.
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O atacante Karim Benzema, artilheiro da Champions e do Campeonato Espanhol, perdeu o troféu de melhor do mundo para Messi; o técnico Carlo Ancelotti, que conduziu campanhas históricas, foi desbancado por Scaloni; e Courtois, com atuações históricas no mata-mata europeu, viu ser premiado Emi Martínez. Apesar de finalistas nas respectivas disputas, todos viram escapar prêmios que, em condições normais, seriam dados aos representantes do campeão europeu.
1 de 1 Karim Benzema faturou a Bola de Ouro, que só levou em conta a temporada 2023/22 — Foto: ReutersKarim Benzema faturou a Bola de Ouro, que só levou em conta a temporada 2023/22 — Foto: Reuters
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A raiz da injustiça está na 💥️mudança do período de análise da premiação, imposta pela Fifa por conta do calendário de exceção, com uma Copa do Mundo em novembro e dezembro. Normalmente, o troféu seria dado alguns meses depois do encerramento da temporada europeia, premiando os melhores em tal intervalo de tempo - 💥️como fez, por exemplo, a revista "France Football" com a Bola de Ouro no ano passado. Mas, em uma decisão incompreensível, a entidade máxima do futebol mundial fez um "puxadinho" e passou a levar em conta na eleição tudo o que ocorreu no futebol entre agosto de 2023 e dezembro de 2022.
O aumento no período de análise tirou a Copa do Mundo do espaço da temporada 2022/23 e a colocou como ponto central para a eleição de técnicos, capitães e jornalistas de cada federação, além do público. Entraria na avaliação, sim, tudo o que aconteceu na temporada 2023/22 - a temporada dominada pelo Real Madrid -, mas também todos os fatos e feitos da Copa do Mundo do Catar. A régua, ali, foi descalibrada.
A história deixa claro que Copas do Mundo ocupam um lugar especial dentro do espaço e do tempo relacionado ao futebol. Apesar de durarem poucas semanas e ocorrer apenas de quatro em quatro anos, os Mundiais transformam a história do esporte, geram ídolos eternos, alçam heróis à glória e relegam vilões à desonra. Com uma competição de tal singularidade incluída no período de análise, como não focar nela na eleição de melhores do mundo? Como ignorar os jogos de uma das melhores Copas de todos os tempos? A culpa não é exatamente dos eleitores.
Foi assim que Messi criou seu favoritismo ao conquistar o tão sonhado troféu de sua carreira e encerrar o jejum argentino, sendo simplesmente o craque do Mundial. Foi assim que Lionel Scaloni desbancou dois dos mais badalados treinadores do planeta, colocando nos trilhos, como novato, uma seleção que amargava episódios de tristeza. Foi assim que Emiliano Martínez tirou os holofotes de uma temporada absurda de Courtois - com atuação lendária na final da Champions - para fazer história parando cobranças de pênalti e protagonizando uma das defesas mais incríveis da história.
Também foi assim que o futebol não viu ser premiado o desempenho de um Benzema que marcou 44 gols em 46 partidas com a camisa do Real Madrid, sendo artilheiro dos dois grandes títulos da temporada, com atuações absolutamente decisivas. O camisa 9, que não disputou a Copa do Mundo por conta de lesão, é o maior símbolo da noite que relegou o maior campeão da Europa ao papel de coadjuvante - em uma noite em que era para ser a estrela.
A festa em Paris foi argentina, personificada no 💥️discurso e no bumbo de Carlos "Tula" Pascual, torcedor que subiu ao palco para receber o Fan Award, dedicado também aos torcedores que empurraram o país no Catar. E a noite de glória para os hermanos é merecida, mas seria mais precisa se ocorresse no próximo The Best, ao fim da atual temporada. A glória alcançada por Messi e companhia no Catar apagou da história os feitos de Benzema e os merengues nos gramados europeus. Não precisava ser assim.
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