Análise: Atlético-MG cumpre papel, faz belos gols, mas ainda precisa ajustar proteção defensiva
O Atlético-MG avançou na Copa Libertadores. Cumpriu seu papel de favorito contra um Carabobo, que correu demais, e conseguiu fazer gols e dar sustos no Mineirão. Mas a qualidade ofensiva se sobressaiu para o Galo ir para a terceira fase. Nesta quinta-feira, conhecerá o adversário da terceira fase: Millonarios (Colômbia) ou Universidad Católica (Equador).
A partida demonstrou um início de muita produção e efetividade, com Hulk marcando o primeiro gol aos 15 minutos, em lance que começou com Lemos, passou por Edenilson, Paulinho e parou no fundo das redes no pé direito do artilheiro de oito gols neste 2023.
O segundo gol não demorou a sair, com Paulinho aproveitando rebote em chute de Pedrinho. Era o placar perfeito para o Atlético conseguir administrar, mantendo a bola longe do seu gol, e aproveitando a inspiração ofensiva. Mas o que se viu foi o Carabobo crescer na partida.
1 de 2 Hulk e Paulinho comemoram gols pelo Atlético na Libertadores — Foto: Pedro Souza/CAMHulk e Paulinho comemoram gols pelo Atlético na Libertadores — Foto: Pedro Souza/CAM
Os laterais tiveram dificuldade. Saravia fez uma partida pior do que a apresentada contra o América. A zaga foi sendo testada, até que um chute de Pernía, com desvio em Jemerson, diminuiu o placar para 2 a 1 no fim do primeiro tempo. Antes, Everson já havia feito grande defesa, outra vez em finalização de Apaolaza.
O Atlético aplicou um ritmo forte, tentava achar o ataque no menor número de passes possível, não queria perder tempo. Hulk chegou a dizer que Coudet "comeu a alma" dos jogadores no intervalo. No segundo tempo, o Carabobo atacou menos, e teve um jogador expulso - justamente Pernía.
Ainda assim, o Galo demorou a explorar a superioridade numérica. Destaque para Patrick, que, ainda que tenha recebido um princípio de críticas da arquibancada, fez grande partida. Roubou bolas, fez proteção em zonas de perigo, e criou chances na esquerda, correndo demais. Sofreu o pênalti que Vargas desperdiçou.
2 de 2 Edenilson comemora gol pelo Galo — Foto: Alessandra Torres/AGIFEdenilson comemora gol pelo Galo — Foto: Alessandra Torres/AGIF
Mais uma noite para o volante Allan guardar também na memória. Coudet ainda pode reavaliar uma sobrecarga do jogador, que tem posição estratégica de saída de bola e combate numa linha de três defensores, com os laterais soltos, e Edenilson, que fica logo à sua frente, ocupando uma faixa mais ofensiva no campo.
O Atlético carece de ajustes claros. Tem pouco mais de um mês de jogos oficiais para um início de trabalho de Coudet. Talvez Rubens possa ganhar oportunidades na lateral esquerda, e há uma ótima notícia: Zaracho acumulou mais 50 minutos em campo e parece pronto para assumir a titularidade. Para o time ideal do Atlético, só resta a tão aguardada recuperação (longa) de Guilherme Arana.
Agora é esperar Millonarios ou Universidad Católica do Equador na terceira fase, que será disputada nas próximas semanas, em meio à definição de semifinal do Campeonato Mineiro. O Atlético dominou a posse de bola outra vez, poderia ter saído com mais gols, mas também poderia ter evitado sustos na sua área. A próxima parada é o Democrata GV fora de casa, no que promete ser uma rodada final da primeira fase do Mineiro bem eletrizante, com o Galo em busca da melhor campanha geral.
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