Ex-namorada de Pedrinho, do São Paulo, diz que levou socos, puxões de cabelo e foi ameaçada de morte

O 💥️ge teve acesso ao Boletim de Ocorrência que Amanda Nunes, ex-namorada do jogador Pedrinho, do São Paulo, registrou contra o atacante por violência doméstica, ameaça, injúria e lesão corporal na última segunda-feira, na 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Norte

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Pedrinho, do São Paulo, durante treino no CT da Barra Funda — Foto: Divulgação 1 de 2 Pedrinho, do São Paulo, durante treino no CT da Barra Funda — Foto: Divulgação

Pedrinho, do São Paulo, durante treino no CT da Barra Funda — Foto: Divulgação

De acordo com o registrado pela polícia, Amanda declarou que no dia da discussão que motivou a denúncia, Pedrinho arremessou o aparelho celular contra ela, atingindo sua coxa direita. Além disso, ela disse que teve a blusa rasgada e suas maquiagens e bolsa jogadas no lixo pelo atacante.

A ex-namorada do jogador do São Paulo relatou também que rompeu o relacionamento e voltou para casa. Mas que, no mesmo dia, por volta das 18h30, Pedrinho a chamou para comer um lanche. Nesse encontro, ela conta que pediu a ele para comprar maquiagens novas.

Depois disso, segundo Amanda registrou no Boletim de Ocorrência, Pedrinho a xingou dizendo que ela "não prestava e que era puta como as amigas, um lixo e tinha que virar prostituta". Além disso, ela contou que foi ameaçada de morte por ele.

Nessa discussão, Amanda diz que levou socos e tapas no rosto, socos nas costas, puxões de cabelo e que, para se defender, mordeu a perna de Pedrinho. Na sequência, a ex-namorada do atacante diz que ele a levou para o estacionamento de onde mora e pediu para ter uma relação sexual.

No Boletim de Ocorrência, ela afirma que, depois de ter negado, voltou a levar tapas e socos. No documento, a polícia registrou que Amanda estava com sinais visíveis das lesões por ela citada e que foi fotografada para que isso ficasse anexado ao processo.

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Pedrinho participa de treino no São Paulo — Foto: São Paulo FC 2 de 2 Pedrinho participa de treino no São Paulo — Foto: São Paulo FC

Pedrinho participa de treino no São Paulo — Foto: São Paulo FC

Depois de conseguir sair do veículo do jogador, Amanda disse que foi seguida por ele. Pedrinho, então, disse que havia ligado para a mãe dela. Ela voltou para o carro e foi deixada em casa por ele.

Na última segunda-feira, Amanda Nunes publicou em suas redes sociais textos em referência a relacionamentos abusivos, que levantaram suspeitas sobre uma possível agressão. Em um deles havia o seguinte recado:

– Espero e desejo que nenhuma mulher permita agressões, seja ela física ou psicológica. Quando se levanta a mão uma vez, pode ser que se levante outras vezes mais. Mulheres, não se calem! Não aceitem isso! Vocês merecem respeito e muito amor. Nem seus pais te betem mais, por que deixar que um miserável te bata? – postou.

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Na terça, ela apagou as mensagens em seu Instagram. Ao ter conhecimento do caso, o São Paulo soltou uma nota oficial em que diz "não aceitar qualquer tipo de agressão contra a mulher". O clube quer resolver o futuro de Pedrinho , que participou normalmente do treino, até domingo.

Até o momento, o jogador não se pronunciou.

O atacante, de 23 anos, chegou ao São Paulo no início do ano, emprestado pelo Lokomotiv, da Rússia. Pelo Tricolor, ele disputou nove partidas e fez três gols. Antes, defendeu Audax-SP, Oeste, Athletico, Bragantino e América-MG.

O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.

O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.

Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), responsável pelo serviço. No site está disponível o atendimento por chat e com acessibilidade para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Também é possível receber atendimento pelo Telegram. Basta acessar o aplicativo, digitar na busca “DireitosHumanosBrasil” e mandar mensagem para a equipe da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

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