Presidente do TJD-RJ explica suspensão preventiva de Tiquinho Soares

O Botafogo entrou em campo na última quinta-feira contra o Sergipe pela Copa do Brasil sem o centroavante Tiquinho Soares, que recebeu uma suspensão preventiva de 30 dias do TJD-RJ por conta de uma cabeçada no árbitro Tarcizo Pinheiro Caetano na partida contra o Flamengo pela Taça Guanabara.

A punição antes do julgamento, que está marcado para a próxima segunda-feira (06), às 14h, gerou revolta dos torcedores alvinegros nas redes sociais e ataques à presidente do tribunal, Renata Mansur. A jurista tratou de explicar a decisão.

- Qualquer julgador cria em cima de uma pedido. Nesse caso, houve um pedido da procuradoria em cima do artigo 35 do CBJD, que prevê, em caso grave de violência, uma suspensão preventiva. Muita gente afirmou que esse tipo de punição só existe em dopagem. No caso de dopagem, a suspensão é obrigatória. No caso de violência, o procurador pode fazer o pedido. Eu analisei o vídeo, entendi que era uma ação grave, e concedi - destacou Renata.

- Justamente para ser imparcial, eu encaminhei logo para julgamento para o atleta poder se defender com celeridade. Então, na segunda-feira teremos o julgamento que será feito pela comissão, que não sou eu que julgo - complementou.

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Não são comuns os casos de suspensão preventiva por violência no futebol, mas segundo Mansur isso se dá pelos poucos casos graves que acontecem atualmente e por, muitas vezes, a procuradoria não fazer o pedido.

- O que a gente considera extrema gravidade: a cabeçada, um soco em um atleta. Casos de agressão mesmo. A gente sempre tenta separar os casos em disputa de bola e fora de disputa de bola.

Tiquinho Soares em Fluminense x Botafogo — Foto: André Durão 1 de 1 Tiquinho Soares em Fluminense x Botafogo — Foto: André Durão

Tiquinho Soares em Fluminense x Botafogo — Foto: André Durão

Renata Mansur também comentou sobre a enxurrada de mensagens de recebeu nas redes sociais, principalmente de torcedores do Botafogo criticando a decisão por conta do time que a presidente supostamente torce.

- Eu já torci muito. Hoje em dia, eu nem consigo mais torcer. Estou tão acostumada a viver no mundo do futebol que eu torço pelo evento. Não é ser torcedora ou não que vai influenciar na decisão. Eu sou a que menos julgo, dentro do sistema desportivo, o presidente é quem menos dá decisões, que tem ingerência para decidir.

- Eu compreendo a comoção, infelizmente para a torcida do Botafogo o pedido foi feito na véspera de um jogo e ele ficou suspenso. O STJD confirmou a minha decisão. Fica claro que não foi uma questão pessoal - concluiu.

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Ainda sem Tiquinho Soares, que cumpre a suspensão preventiva, mas também tem uma suspensão automática pelo cartão vermelho, o Glorioso volta à campo no próximo domingo, às 16h, em Cariacica para enfrentar o Resende pela 10ª rodada da Taça Guanabara.

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