Análise: Atlético-MG roda elenco e vence com placar elástico antes de sequência de decisões
O Atlético-MG enfrentou o Democrata GV sem passar aperto. Pelo contrário, resolveu a situação com tranquilidade, vencendo por 3 a 0 para garantir a melhor campanha da primeira fase do Campeonato Mineiro: 20 pontos em 8 rodadas. Agora, é decisão atrás de decisão.
O foco do Galo fica voltado para a Libertadores, contra o Millonarios, na Colômbia. Partida essencial na temporada, para deixar o clube vivo no jogo de volta e sacramentar a fase de grupos da competição. Entre a ida e a volta, haverá as semifinais estaduais diante do Athletic.
Eduardo Coudet optou por poupar os titulares. Escalou um time alternativo, e ainda voltou a utilizar Cristian Pavón, como um meia-atacante pela direita, com Sasha e Vargas no ataque. Foi o banco de reservas em campo. Se falhou várias vezes, Pavón tocou muito na bola e foi participativo.
O primeiro tempo do Atlético foi mais moroso do que elétrico. Não é possível contar a história da partida e ignorar o forte calor de Valadares (33ºC), além do gramado ruim do Mamudão, no qual faz a bola "pererecar" a cada passe.
Eduardo Vargas parecia sonolento, errou um gol na cara. Hyoran também tentou cruzamentos e chutes fracos na etapa inicial, e Sasha pouco apareceu. Mas foram justamente os autores dos gols. O primeiro gol do Atlético nasceu em cruzamento de Mariano na lateral direita, que achou Hyoran bem posicionado para balançar as redes.
O VAR demorou 5 minutos na revisão, mas confirmou o gol. No sistema defensivo, muita segurança. O Democrata só foi chegar (após um lance de perigo no 1º minuto) na reta final, quando o Atlético tinha mais atacantes do que meias, e deixou espaço aberto.
1 de 1 Jogadores do Atlético em vitória contra o Democrata GV — Foto: Pedro Souza/CAMJogadores do Atlético em vitória contra o Democrata GV — Foto: Pedro Souza/CAM
Réver, Nathan Silva, e até mesmo Mariano, fizeram partidas seguras. Everson voltou a fazer defesa de um goleiro que tem muita confiança e vive fase de acertos. Hyoran não será protagonista do Atlético, mas é uma aposta de Chacho que rendeu frutos. Cruzou para Vargas marcar de cabeça, num raro gol de bola parada (tirando os chutes de Hulk) em 2023.
O segundo gol, de Sasha, foi um prêmio pela vontade de Cristian Pavón (que tem potencial para mostrar muito mais, ainda que esteja prejudicado pela punição da Conmebol), que cruzou para trás, e o camisa 18 finalizou com categoria. No meio de campo, Otávio fez bem a contenção, e Igor Gomes fez uma partida mais discreta, assim como o lateral Rubens.
Por fim, o Atlético ainda acionou Hulk no fim, numa espécie de premiação e agradecimento à calorosa recepção da torcida no Mamudão. Fica o alerta para a falta de segurança que estádios do interior estão demonstrando, com invasão de campo. Fica uma imagem mística de um ídolo sendo abraçado pelos fãs, mas é algo que infringe regras e pode desembocar em confusão.
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