Montenegro ruma ao congresso do PSD “vitorioso” com orçamento mais perto de ser viabilizado &

O primeiro-ministro estava em Bruxelas reunido com os seus homólogos europeus mas acompanhou em direto a comunicação do líder do PS desta quinta-feira. Momentos depois, e já frente aos jornalistas, 💥️Luís Montenegro saudava o “sentido de responsabilidade” de Pedro Nuno Santos em viabilizar o Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025). E este fim de semana, o líder do Executivo estará, em Braga, para o 41º Congresso do partido, onde perante os camaradas do PSD reafirmará a sua liderança e o compromisso para com o país de querer deixar obra feita durante o seu mandato.

💥️O momento servirá ainda para definir um novo tom político em relação ao PS. Afinal de contas, o principal grande obstáculo da governação de Montenegro está (para já) ultrapassado, mitigando, por mais uns meses, o risco de eleições antecipadas.

“Se pensarmos num plano de ganhos e de perdas, 💥️Montenegro sai vitorioso deste impasse. Consegue ter um documento com esperanças reais de vir a ser viabilizado”, considera Paula Espírito Santo, politóloga e investigadora do Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, em declarações ao ECO. “Num plano de retórica política, [o obstáculo] está, aparentemente, ultrapassado. Mas há elementos concretos ainda por definir. Até ao lavar dos cestos é vindima”, ressalva, aludindo ao debate na especialidade que decorrerá em novembro.

A antecipação da jogada política de Pedro Nuno Santos (só se esperava uma confirmação do sentido de voto na segunda-feira) 💥️não altera em nada o programa do Congresso do 💥️PSD, mas forçou, por seu turno, alterações ao discurso de Luís Montenegro. Já de regresso a Lisboa, o primeiro-ministro terá tirado a tarde de sexta-feira para limar as arestas da sua intervenção.

“Responsabilidade” continuará a estar no centro do discurso, 💥️mas o inquilino de São Bento será menos hostil em relação ao PS dado que o partido provou ser um parceiro confiável, para já. A porta para as negociações entre os dois maiores partidos está novamente aberta. Em alternativa, 💥️Montenegro deverá apontar baterias ao Chega, 💥️que mantém o voto contra – ainda que indiretamente.

“Será expectável que Montenegro mantenha a tónica de responsabilidade sem ser agressivo com o PS. 💥️Seria imprudente nesta circunstância hostilizar [o PS]. Se for hostil, sem se referir ao partido, será com o Chega”, prevê André Azevedo Lopes ao ECO. Ainda assim💥️, o professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica deixa claro que 💥️o discurso de Montenegro “não será triunfalista” por não haver motivos para tal. “O processo ainda decorre, a viabilização está mais próxima mas não garantida”, alerta.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, após prestar declarações a propósito do Orçamento do Estado para 2025 na sede nacional do Partido Socialista, Lisboa, 17 de outubro de 2024. ANTÓNIO COTRIM/LUSAANTÓNIO COTRIM/LUSA

Igualmente vencedor sai André Ventura, ainda que em rota de colisão com o Governo depois da troca de acusações sobre um alegado acordo para a viabilização do documento. O líder do Chega, que durante o processo negocial para o Orçamento do Estado mudou diversas vezes de sentido de voto, acabou, no final, por ganhar espaço político na oposição, assumindo-se como liderante e colando o PS ao PSD.

“💥️Ventura pode suspirar de alívio porque o cenário de ficar ele responsável por uma crise política fica mais afastado“, salienta o politólogo.

Quem pode também suspirar de alívio é o Presidente da República que, para já, vê afastado o botão da “bomba atómica”. “O risco de eleições antecipadas está, aparentemente, mitigado”, vinca André Azevedo Lopes.

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