Ecossistema de empreendedorismo está a mexer, será 2024 o ano da retoma do investimento? &
Depois de dois anos sempre a cair, o investimento no ecossistema de empreendedorismo nacional está a dar sinais de maior dinamismo.💥️ Depois de fechar 2023 com 196 milhões de euros, só nos primeiros três meses do ano as startups já levantaram 157 milhões, segundo dados da Dealroom.com. “Embora ainda seja cedo para tirar conclusões, há razões objetivas e subjetivas que suportam uma retoma do investimento e que indicam uma maior dinâmica do investimento em ✅early-stage em Portugal”, aponta Lurdes Gramaxo, presidente da Investors Portugal e partner da Bynd VC.
💥️Este artigo integra a 6.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.💥️Só a Powerdot levantou 100 milhões de euros para alimentar os planos de expansão da startup da área de mobilidade e carregamento elétrico. “Na nossa indústria, temos assistido um pouco por toda a Europa rondas significativas de investimento ou de dívida, o que poderá indicar um contexto macroeconómico mais positivo”, diz o cofundador e CEO da Powerdot, Luís Santiago Pinto. “Mas acreditamos também que os investidores estão cada vez mais focados na capacidade de execução. Já não é suficiente uma boa ideia e um plano”, atira.
A Powerdot mantém o foco na expansão nos mercados onde opera — Portugal, Espanha, França, Bélgica, e Polónia — tendo, só no primeiro trimestre do ano, instalado 230 localizações, ultrapassando os 7.000 pontos de carregamento. Em Portugal, onde a startup tem, entre Lisboa e Porto, a equipa central, a empresa conta “investir até ao final de 2025 mais de 30 milhões de euros”. O país acolhe mais de 60 pessoas, de um total de mais de 150 e agora querem crescer para mais de 200.
A Tonic App e a Uphill, ✅health techs que representaram duas das maiores rondas até março no mercado nacional, parecem confirmar esta análise. Daniela Seixas está otimista✅ q.b. “O mercado parece estar a evoluir positivamente, no entanto, 2023 foi um dos anos que registou menor volume de investimento em saúde digital dos últimos quatro anos. Ainda estou cautelosa”, admite a cofundadora e CEO da✅ health tech que, em março, levantou 10,9 milhões de euros. 💥️“O investimento vai-nos permitir entrar no Reino Unido em novembro e começar a preparar a expansão para a Alemanha em 2025. Já estamos presentes em três dos cinco maiores mercados da Europa — Espanha, Itália e França, com mais de 140 mil médicos como utilizadores da nossa plataforma médica. Com o Reino Unido e a Alemanha, vamos adquirir uma posição dominante no mercado europeu”, adianta Daniela Seixas. A equipa também vai crescer — de 36 para 45 colaboradores.
💥️Recrutamento, desenvolvimento de produto e internacionalização são os planos da Uphill para os 7 milhões angariados em março. “Queremos duplicar a equipa até ao final do ano”, diz Eduardo Freire Rodrigues, cofundador e CEO da UpHill. No início do ano eram cerca de 30 pessoas. “Atualmente, contamos com 40 perfis distribuídos pelas equipas de engenharia, equipa médica, desenvolvimento de produto e negócio e implementação de projetos. O objetivo é chegarmos aos 60 até ao final do ano. Estamos a recrutar para todas as áreas, tanto em Portugal, como em Espanha”, diz.
💥️Espanha é, de resto, com o Reino Unido, os dois mercados na mira da internacionalização. “2022 e, sobretudo, 2023 foram anos de grande incerteza no contexto macroeconómico — fruto da guerra, da disrupção nas cadeias de produção, inflação e a instabilidade no setor financeiro — o que acabou por gerar retração dos investidores a nível global”, lembra Eduardo Freire Rodrigues. “O cenário está a melhorar, mas os investidores passaram a olhar também para a sustentabilidade financeira e não só a taxa de crescimento. Globalmente, isto afetou as avaliações médias das empresas e, consequentemente, a dimensão das rondas de investimento”, aponta.
Embora não seja “linear” fazer comparações com 2023, Lurdes Gramaxo lembra que, em Portugal, “foram levantadas significativas somas de capital para fundos SIFIDE, que na maior parte das vezes têm por alvo este setor”. 💥️Os fundos lançados no âmbito do programa de Venture Capital, aberto pelo Banco Português de Fomento, “estão a chegar ao mercado”. Tudo “bons indicadores de mais financiamento disponível para o setor tecnológico”. O sentimento dos investidores é também “mais positivo”, segundo o Barómetro apresentado pela Investors Portugal. “Ainda é cedo para concluir que 2024 será um ano de crescimento do investimento, embora tudo aponte nesse sentido.”
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