Grandes investimentos em infraestruturas “têm de ser rentáveis”. “Essas contas têm de ser feitas”, diz líder
Miguel Maya, presidente executivo do BCP, é um dos nomeados para o prémio de melhor CEO dos Investor Relations and Governance Awards, da consultora Deloitte. Em entrevista ao ECO, aplaude a ambição dos grandes investimentos em infraestruturas anunciados para o país, mas alerta para a necessidade de se fazerem contas. “💥️Não é só serem investimentos estratégicos. Têm de ser ser investimentos rentáveis“, assinala.
O responsável pelo BCP gostaria de ver o mesmo ímpeto em relação aos💥️ investimentos para aumentar a resiliência do país às alterações climáticas, nomeadamente no aproveitamento da água. “Mais preocupante do que a própria transição e descarbonização, para mim, como português, é o reforço da resiliência das infraestruturas porque vamos estar dependentes do que os outros façam”, diz.
Ao leme do banco desde 2018, enaltece a transição feita nos últimos anos, garantindo que💥️ “todos os problemas estão resolvidos”. Acredita que 💥️será possível manter a rentabilidade do banco em redor dos níveis atuais, iniciando “um ciclo de pagamento de dividendos regulares aos acionistas”, que coloca o BCP “num patamar diferente”. Valorizando o papel da Fosun e da Sonangol, diz que o seu 💥️objetivo é que o banco “possa interessar a muitíssimos acionistas”.
Lamenta, no entanto, que o setor continue a ter de pagar os💥️ impostos extraordinários lançados em 2011, durante o período de assistência financeira e, mais tarde, durante a pandemia. “O país tem de ajudar. 💥️Nós andamos com fardos às costas”, diz. “É profundamente errado, 💥️vai ter implicações profundas 💥️e as pessoas preferem não ver e deixar andar. Os governantes portugueses têm que ter a coragem de tomar decisões”, apela.
Miguel Maya elogia ainda a capacidade dos gestores portugueses para lidar com uma década “muitíssimo difícil” e diz ter💥️ “uma admiração de miúdo pelos empresários💥️“. “Aliás, era o que eu gostaria de ter sido na vida”, confessa.
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