Juros altos: Cenário é novidade para maioria dos investidores de fundos imobiliários
Fundos imobiliários são sensíveis aos níveis de taxas de juros e de inflação, por isso é importante entender movimento cíclico do mercado (Foto: Flávya Pereira/Money Times)
O 💥️mercado financeiro conta com variados tipos de instrumentos de 💥️investimento. Esse leque de opções se amplia à medida que os anos passam, o que é ótimo para o crescimento da indústria.
Por isso, a educação financeira nunca esteve tão em pauta. Hoje em dia já é possível encontrar conteúdos de qualidade, que são produzidos por profissionais competentes e responsáveis, até mesmo pela internet e de forma gratuita.
De acordo com o levantamento 💥️Raio-X do Investidor, desenvolvido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a 💥️Anbima, 43% (1) das pessoas buscam informações pelo Google, redes sociais, sites de notícias, blogs, fóruns ou com influenciadores de investimentos. O avanço dos bancos digitais também facilitou esse processo que continua em evolução constante.
O crescimento e a popularização do mercado de capitais são recentes. Para efeito de comparação, olhando somente para investimentos na bolsa, em 2018, havia 814 mil (2) investidores cadastrados na B3. Sete anos depois, o número evoluiu para 4,6 milhões (2).
💥️Imóveis e juros
Especialmente sobre o avanço na quantidade de cotistas dos 💥️fundos imobiliários, a evolução foi muito significativa e rápida. Historicamente, investidores brasileiros são mais inclinados aos ativos de renda fixa, por causa do constante cenário volátil e de alta nos 💥️juros. Até mesmo, pela dificuldade de acesso a outros investimentos.
Porém, com a brusca redução da taxa de juros, iniciada em meados de 2023, alternativas mais rentáveis brilharam aos olhos dos investidores – e com razão.
Dada à menor volatilidade e à característica rentista, quando comparado ao mercado de ações, os fundos imobiliários tornaram-se porta de entrada dos investidores que buscaram por um investimento mais rentável do que o ofertado com uma taxa Selic em níveis tão baixos. Esse comportamento atraiu uma série de investidores e novos fundos foram criados.
Pelo maior apetite dos investidores, somado a outros fatores, novas estratégias surgiram como os ✅hedge-funds imobiliários e os Fiagros. Esse comportamento fica evidente nos gráficos abaixo.
Quanto menor o patamar da taxa de juros, mais investidores passaram a alocar em fundos imobiliários. Por outro lado, quando o ciclo de alta da taxa teve início, em março de 2023, o avanço ficou um pouco menos expressivo.
💥️Entenda o cenário
Com base nessas informações, entendemos o motivo de algum alvoroço. É a primeira vez que a maior parte dos investidores está passando por um cenário de aperto monetário fora do contexto da renda fixa. Além de verem o preço das suas cotas se desvalorizarem, especialmente neste ano de 2023, eles têm se deparado com emissores apresentando problemas de 💥️crédito e até mesmo fraude (que deve ser vista como uma exceção à regra).
A menor atratividade dos resultados dos FIIS em comparação com os resultados entregues pelos investimentos em 💥️renda fixa que rendem o CDI pressiona o preço das cotas no mercado e dificulta o ganho de capital. Neste momento, o investidor se pergunta se montou uma carteira que irá proporcionar uma renda adequada ao seu perfil e capacidade. Caso a resposta seja negativa, não seria este o melhor momento para fazer ajustes, visto que os ativos estão mais baratos e descontados?
A característica similar entre os investidores é o imediatismo. O receio de perder seu patrimônio é super legítimo, mas quando se trata de investimentos, decisões de curto prazo tendem a colaborar com os resultados negativos.
Parece clichê, mas em todos os cenários, seja de alta ou baixa de juros (a depender da 💥️inflação), alguns investimentos vão performar melhor do que outros. Nem sempre será possível acertar na mosca em todos os casos. É preciso ter serenidade para analisar números e fatos sobre os ativos para aumentar as chances de seguir caminhos com mais possibilidades de colher bons frutos.
Para concluir, é importante lembrar que o mercado é cíclico. Daqui a dois anos, quem sabe, já estaremos em um nível de juros mais equilibrado e, como consequência, veremos esse equilíbrio também refletido na remuneração dos ativos. Essa é uma expectativa que todos temos.
(1) Anbima – Raio X do Investidor 2022;
(2) Fonte: B3;
(3) Fonte: Banco Central do Brasil; e
(4) Fonte: B3 – Boletim Mensal de FIIs.
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