Pré-Market: Volatilidade no ar
💥️✅Olivia Bulla é jornalista e escreve diariamente sobre os mercados financeiros no blog A Bula do Mercado.
O Banco Central dos EUA reúne-se na semana que vem, no que deve ser o último grande evento de 2018, e os investidores esperam por uma mensagem mais suave (“dovish”), que sinalize a proximidade do fim do ciclo de alta da taxa de juros, iniciada em 2015. Ainda assim, o Fed deve subir o custo do empréstimo no país pela quarta vez neste ano.
Nesta terça-feira quem se reúne é o BC brasileiro, que anuncia amanhã a decisão sobre a taxa básica de juros. A previsão é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a Selic estável em 6,50% pela sexta vez seguida, após ter interrompido o ciclo de cortes em maio.
O Copom também deve adotar um tom dovish, sinalizando que deve demorar mais tempo para o início do ciclo de alta (normalização) da taxa Selic no ano que vem. Cada vez mais, cresce a percepção de que o juro básico deve permanecer no piso histórico por mais tempo que o esperado, por causa da atividade fraca e da inflação baixa.
Entre os indicadores econômicos, saem hoje leituras regionais dos preços ao consumidor neste início de dezembro, além da primeira prévia deste mês do IGP-M (8h). Também serão conhecidos os dados atualizados da safra agrícola para 2023 e as últimas estimativas para a colheita neste ano (9h).
No exterior, destaque para o índice de preços ao produtor norte-americano em novembro (11h30), que tende a reforçar o cenário de inflação bem comportada nos EUA, o que, combinado com os primeiros sinais de perda de força da atividade econômica do país deve manter a trajetória rumo à curva invertida de juros, com uma possível recessão à frente. Logo cedo, sai o índice ZEW de sentimento econômico na Alemanha e na zona do euro em dezembro (8h).
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