Guedes apresenta propostas da reforma da Previdência a Davi Alcolumbre
(Marcos Brandão/Senado Federal)
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou estar entusiasmado com as diretrizes da reforma da Previdência que será apresentada pelo governo. A afirmação foi feita após encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quinta-feira (7), em que foram apresentados os principais pontos da reforma. O texto final ainda depende da definição de algumas variáveis com o presidente da República, Jair Bolsonaro.
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— Nós conversamos muito sobre a reforma que está sendo construída há muito tempo para apresentar para o Brasil. A experiência do ministro Paulo Guedes vem de muitos anos e com certeza o Parlamento, com serenidade, com tranquilidade e com confiança no país, vai discutir o que for encaminhado pelo governo federal — afirmou o presidente do Senado.
Davi disse ter a convicção de que o intuito do texto é combater privilégios e atender às pessoas que mais precisam. Para ele, a reforma dará ao Brasil condições de garantir a aposentadoria das gerações futuras.
Questionado sobre prazos, ele voltou a garantir que pretende dar celeridade ao processo. Para isso, afirmou que será necessário acompanhar as votações na Câmara e, ao mesmo tempo, começar a debater o tema no Senado.
— Há um consenso entre os líderes partidários de acompanhar a evolução do debate e do diálogo que se realizará na Câmara dos Deputados quando a reforma for apresentada. O Senado vai ficar aqui como telespectador privilegiado, podendo discutir ao mesmo tempo em que o debate vai acontecer na Câmara. Precisamos aprovar pelo país — ressaltou.
Sobre o texto que será encaminhado, o ministro Paulo Guedes afirmou que a função da equipe econômica é formular, mas a versão final depende de decisões do presidente Jair Bolsonaro, que ainda se recupera da cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia.
— Ele ainda tem que definir algumas variáveis importantes, como o tempo de transição, as idades e se esse novo regime vem agora ou vem depois. É perfeitamente possível consertar esse regime que está aí e lançar as bases do novo regime para, de novo, encaminhar ao Congresso para estabelecer essas novas bases — explicou o ministro.
Para Guedes, o modelo atual é obsoleto e faz com que os trabalhadores paguem por privilégios e interesses de sindicatos.
— A única certeza que os sindicatos podem ter é de que a vida não vai ser como antigamente. Os líderes sindicais têm uma vida muito boa às custas dos trabalhadores, que não têm emprego nem benefícios previdenciários corretos — completou o ministro.
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