PMI Consolidado mostra queda na atividade em maio pela primeira vez desde setembro
As encomendas continuaram a crescer, mas o ritmo de expansão foi o mais fraco em oito meses
💥️Por Arena do Pavini
Em meio à diminuição do crescimento da produção industrial e a uma contração mais rápida na atividade de serviços, a produção brasileira caiu pela primeira vez desde setembro do ano passado, indicando retração, diz relatório divulgado pela consultoria IHS Markit com base em pesquisa feita junto a executivos de empresas industriais e de serviços.
A empresa calcula os Índices de Gerentes de Compras (PMI na sigla em inglês) Industrial e de Serviços, que são agrupados no PMI Consolidado.
E o Índice Consolidado de dados de Produção baixou de 50,6 em abril para 48,4 em maio, indicando uma taxa moderada de redução. Índices abaixo de 50,0 indicam retração.
As encomendas continuaram a crescer, mas o ritmo de expansão foi o mais fraco em oito meses. Uma queda marginal nos pedidos às fábricas contrastou com uma melhoria modesta e mais fraca na demanda por serviços. Contudo, a queda no nível de empregos foi generalizada em ambos os segmentos monitorados, tanto de serviços como da indústria. Como resultado, o nível de empregos do setor privado diminuiu pelo segundo mês consecutivo em maio.
As empresas do setor privado reduziram confortavelmente a quantidade de pedidos pendentes. De um modo geral, a ausência de pressão sobre a capacidade foi a mais acentuada desde que dados comparáveis ficaram disponíveis em março de 2007.
As taxas de inflação de preços de insumos permaneceram elevadas em maio, com o enfraquecimento do real continuando a aumentar os custos das empresas. Mas, apesar dos crescimentos acentuados nas despesas operacionais, as empresas aumentaram seus preços marginalmente. No setor privado como um todo, a inflação de preços de venda se atenuou e atingiu um recorde de baixa de três meses.
As taxas de inflação de preços de insumos permaneceram elevadas em maio, com o enfraquecimento do real continuando a aumentar os custos das empresas
O sentimento em relação aos negócios caiu entre os produtores de mercadorias e melhorou nas empresas de serviços. No consolidado das duas áreas, o grau de otimismo ficou entre os mais fracos observados desde antes das eleições do ano passado.
Os Índices Consolidados são médias ponderadas comparáveis dos índices do setor industrial e do de serviços. Os pesos refletem os tamanhos relativos dos setores industrial e de serviços de acordo com os dados oficiais do PIB. O Índice Consolidado de dados de Produção – Brasil é uma média ponderada do Índice de Produção do setor Industrial e do Índice de Atividade de Negócios do setor de Serviços. Ambos consideram expansão acima de 50 e retração abaixo desse número.
PMI de Serviços indica retração
O Índice de Atividade de Negócios do setor de Serviços – IHS Markit para o Brasil, sazonalmente ajustado, caiu ainda mais em relação à marca neutra de 50,0 em maio, de 49,9 para 47,8. A leitura mais recente ficou abaixo da média dos últimos dois anos, embora tenha indicado uma taxa moderada de contração.
Os dados do PMI destacaram um mês desafiador para os provedores brasileiros de serviços, que reduziram a produção e o nível de empregos devido a mais uma desaceleração no crescimento das vendas e a aumentos acentuados nos custos. Segundo relatos, o grau de otimismo contido do mercado, o consumo baixo, as questões políticas e o enfraquecimento da moeda colocaram as empresas à prova em maio.
PMI Industrial é o mais baixo em 11 meses
Já o O Índice Gerente de Compras- PMI IHS Markit Industrial para o Brasil, sazonalmente ajustado, caiu pelo terceiro mês consecutivo em maio, de 51,5 em abril para 50,2. O número de maio ficou próximo da marca de 50,0, indicativa de estabilidade ou estagnação. É também o nível mais baixo do PMI Industrial no atual período de 11 meses de melhoria nas condições de negócios.
É também o nível mais baixo do PMI Industrial no atual período de 11 meses de melhoria nas condições de negócios
Segundo Pollyanna de Lima, da Markit, as condições operacionais no setor industrial brasileiro melhoraram apenas parcialmente em maio, em meio a uma expansão mais branda da produção, um declínio renovado na quantidade de vendas, e cortes de empregos. A desaceleração se juntou a pressões inflacionárias intensificadas, com as cargas de custos e os preços de venda aumentando a taxas mais rápidas. Ao mesmo tempo, o sentimento em relação aos negócios se enfraqueceu atingindo o seu ponto mais baixo em mais de um ano e meio.
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