Açúcar: Índia acena com mais ajuda às exportações e cotações renovam baixas

Cana-de-açúcar

Açúcar de cana segue sem sustentação na ICE Futures

Índia, sempre Índia. Já não fosse o subsídio às usinas de açúcar, que aferem até 13 cents de dólar por libra-peso, o governo voltou a ventilar injetar mais ajuda ao setor. E com o peso da oferta sobrando, num mercado global sentado em grandes estoques, Nova York (ICE Futures) renova a tendência de baixas de todos os contratos futuros, especialmente o driver de outubro. ´

Agora os indianos cogitam reforçar novos estímulos às exportações, dos cerca de 4 milhões de toneladas para algo entre 5 a 6 na próxima temporada.

Mesmo o recuo previsto de 33 milhões/t para 30 milhões/t na produção não tira folga do excedente e os fundos saem das compras, completa Maurício Muruci, da Safras & Mercado, que verificou o reforço da tendência daquele governo em seguir ajudando os produtores a escoarem a produção face a um mercado interno que não cresce.

“Se o açúcar mantiver os 12.30 c/lp (fechamento do outubro nesta sexta, 12, 8 pontos menor que na véspera), é capaz do mercado partir para uma realização de lucros que pode fazer a commodity despencar para 12 ou 11.95”, analisa.

Brasil

Os fundamentos brasileiros poderiam até ajudar, ainda que levemente, mas batem no paredão da oferta global de mais de 4 milhões de toneladas (USDA), com o recheio indiano, e param.

São eles: as geadas do final da semana passada (tirando um pouco de matéria-prima), ainda sendo balizadas, safra mais etanoleira (tirando um pouco mais de açúcar do mix) e real mais forte (tirando fixações do adoçante no mercado internacional pela remuneração menor).

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