ONU recorda Mandela como “defensor global da dignidade e igualdade”
O ex-presidente da África do Sul e ícone da luta contra o apartheid completaria 101 anos nesta quinta-feira (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
“Um extraordinário defensor global da dignidade e igualdade e um dos líderes mais emblemáticos e inspiradores do nosso tempo”. Com estas palavras, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, celebrou hoje a passagem do Dia Internacional de Nelson Mandela, neste 18 de julho.
Se estivesse vivo, o ex-presidente da África do Sul e ícone da luta contra o apartheid completaria 101 anos nesta quinta-feira. Primeiro presidente da África do Sul livre e democrática, Nelson Rolihlahla Mandela morreu em 2001, 20 anos após receber o Prêmio Nobel da Paz.
A comemoração do Dia Internacional de Nelson Mandela foi proclamada há uma década pela Assembleia Geral da ONU. O objetivo é celebrar a proteção dos direitos humanos, a igualdade entre raças e etnias, a resolução dos conflitos entre povos e a integridade da humanidade.
“Coragem e compaixão”
Segundo a mensagem divulgada pelo chefe da ONU, Nelson Mandela “exemplificou coragem, compaixão e compromisso com a liberdade, paz e justiça social”. Guterres realçou ainda que o líder “viveu por esses princípios e estava preparado para sacrificar sua liberdade e até mesmo sua vida por eles.”
O secretário-geral afirmou que os apelos de Nelson Mandela pela coesão social e pelo fim do racismo são particularmente relevantes hoje, quando “o discurso do ódio lança uma sombra crescente em todo o mundo”. Para Guterres, aqueles que trabalham coletivamente pela paz, estabilidade, desenvolvimento sustentável e direitos humanos para todos, devem sempre recordar o exemplo de Mandela.
A mensagem ressalta que o melhor tributo ao ex-líder deve ser demonstrado por ações. O chefe da ONU destaca que o recado de Mandela para o mundo é claro: “cada um de nós pode agir para promover mudanças duradouras. Todos nós temos o dever de fazê-lo”.
No dia de reflexão sobre a vida e obra de Mandela, o apelo do chefe da ONU é que o mundo abrace o legado do ex-presidente, bem como a aspiração de seguir o seu exemplo.
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