Desânimo com o boi futuro na B3; mercado físico segue de lado

Mercado do boi anda de lado, porém não cede à pressão

Na semana passada a carcaça casada bovina (forma de comercialização no atacado dos três grandes cortes) recuou para R$ 10,24/kg, perdendo quase 1%. No mês a queda já está a caminho dos 3%. Essa medida mostra a dificuldade do varejo em escoar a carne, se refletindo na menor vontade dos frigoríficos comprarem.

As exportações seguem bem, mas no limite da capacidade dos exportadores, de modo que o impulso de mais compras e mais vendas substanciais viria apenas com as novas plantas que o mercado aguarda sejam habilitadas pela China. Com a murchada nesta perspectiva, a B3 recuou nos futuros, aos níveis de 15 dias atrás.

Os pecuaristas resistem às ofertas menores, para recomposição de escalas de abate – que ainda estão confortáveis – porque os animais confinados ainda têm reservas para ficarem mais tempo de confinamento. Com poucas exceções no Mato Grosso e mais um pouco no Pará, não há mais boi de pasto.

Arredondando, não há fundamento que sustente altas da @ do boi gordo nos próximos dias, com também não sobra nenhum para recuos.

Segue  tudo como nos últimos dias.

Até que o mesmo para as necessidades mínimas as indústrias retomem a programação de abate, que em São Paulo está na média de 12 a 14 dias, de acordo com a consultoria Agrifatto. Com a semana do pagamento no meio e o Dias dos Pais depois, pode haver um sazonal incremento dos negócios, com leve alta nos preços.

Mas, lembra-se que desde o começo do ano a liquidez foi tímida ou quase nenhuma nesses períodos do mês, mesmo com datas significativas próximas, como o Dias das Mães, por exemplo.

Preços

O Cepea/Esalq até trouxe uma alta na terça de 0,56% (R$ 153,90) em São Paulo, talvez indicando um dinâmica mais segura para os preços para um indicador que está sempre mais abaixo de outras referências.

Nesta quarta (24), a Agrifatto viu estabilização em negócios no físico em torno dos R$ 154,00 e a Scot Consultoria renovou os mesmos R$ 152,50, igualmente à vista, dos últimos dias de levantamentos.

No Mato Grosso do Sul também houve lateralidade, entre R$ 141/142,00 e Goiás dando sequência à véspera, na casa dos R$ 140,00. No Mato Grosso a pressão dos preços deu uma parada, em R$ 139,00 na capital.

B3

Os futuros na semana passada apresentaram altas, com melhor expectativa para o outubro, que quase encostou nos R$ 164,00.

Mas as inspeções chinesas em plantas de bois não aconteceram, apenas em suínos e aves, e o mercado esfriou. Hoje caiu quase 1%.

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