Peste suína pode pesar mais para China do que guerra comercial

China adquirirá soja brasileira até setembro, após romper com EUA (Imagem: Pixabay)

A 💥️China, maior importadora global de soja, planeja comprar a oleaginosa do 💥️Brasil até setembro, depois de ter suspendido as importações dos 💥️Estados Unidos por causa da escalada da 💥️guerra comercial.

Mas, para o quarto trimestre, as processadoras hesitam em comprar, porque acham difícil avaliar o impacto da 💥️peste suína africana sobre a demanda por ração.

O declínio do preço de referência da soja no mercado de futuros em Chicago, juntamente com um aumento nos preços do farelo de soja da China, tornou viável o processamento da oleaginosa brasileira em ração para o carregamento em setembro, segundo traders, mesmo com os ganhos dos prêmios da soja brasileira.

As margens de esmagamento calculadas pelo Centro Nacional de Informação sobre Grãos e Óleos da China são as mais altas em dois meses.

Embora as processadoras estejam buscando soja brasileira para agosto e setembro, o ritmo de compras depois desse período está aquém do ano passado, disse Hou Xueling, analista da Everbright Futures.

“As esmagadoras não estão comprando com muita antecedência, e muitas estão preocupadas que a demanda para produtos finais tenha uma forte queda no quarto trimestre” por causa do vírus da peste suína, disse Hou.

Muitos produtores de ração estão pessimistas em relação às vendas no quarto trimestre, já que os plantéis de suínos encolhem cada vez mais, disse Hou.

Algumas processadoras estimam uma queda de até 40% da produção de ração para porcos nos últimos três meses deste ano na comparação anual, porque as fazendas não estão reabastecendo seus plantéis, o que reduz a demanda, disse Hou.

Uma pesquisa feita pela associação do setor de rações mostrou que a produção de ração para suínos caiu 27% em junho em relação ao ano anterior, enquanto o volume produzido para porcas reprodutoras teve queda de 30%, segundo o Centro de Informações.

O centro também cortou sua estimativa para as importações de soja em 2 milhões de toneladas, para 87 milhões de toneladas na temporada 2023-20.

Em Shandong, uma importante província de criação de suínos, os plantéis encolheram 36% em julho na comparação anual, e o número de reprodutoras caiu 42%, de acordo com o governo local.

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