HomeEcoaArticleSede da Copa do Mundo Feminina, Brasil valoriza pouco a modalidade07/08/202432 Taça da Copa do Mundo Feminina no Rio de Janeiro Imagem: Thais Magalhães/CBFO Brasil foi escolhido como sede para a Copa do Mundo Feminina de Futebol em 2027, a primeira vez que a América do Sul recebe o evento. A candidatura brasileira venceu a europeia. O Maracanã será palco da abertura e da grande final, os outros jogos acontecem em 9 estádios pelo país. Aqueles construídos ou reformados para a copa masculina, em 2014.Que a visibilidade do evento traga valorização para a modalidade, com investimento de governos, clubes, federações e marcas. E junto com isso: que as instituições esportivas tenham mais mulheres nos espaços de tomada de decisão.Só para se ter uma ideia: 9 mulheres presidiram agremiações esportivas desde que o futebol desembarcou por aqui. Hoje em dia, nas três principais divisões do futebol nacional, apenas Leila Pereira, no Palmeiras, ocupa o cargo máximo de um clube. Que 2027 seja, também, sobre isso.A legalização do futebol feminino no Brasil foi apenas em 1979, após quatro décadas de lutas das jogadoras. Já a regulamentação da modalidade aconteceu em 1983, apenas 41 anos atrás. Isso é logo ali, você não leu errado. A seleção masculina já era tricampeã do mundo, quando as mulheres tiveram assegurado o direito de ao menos entrar em campo. O futebol explica o mundo.Muita gente séria e brilhante vem construindo a modalidade no país. Especialmente, tem organizado a memória da presença feminina no futebol até este momento de anúncio histórico. Tudo começa em algum lugar, com algumas pessoas, mas no Brasil o esquecimento é a regra. Imagine você quando o assunto é futebol de mulheres.Por sorte, temos pessoas feito a jornalista e pesquisadora Lu Castro. E filmes como o Mulheres do Progresso. São com essas pessoas e produções que aprendo, todos os dias. Fica o convite. E viva Formiga, Sissi, Pretinha e tantas e tantas outras. Essa Copa só existe por vocês.Futebol Feminista: EnsaiosPoucas pessoas produzem e organizam conhecimento sobre mulheres e futebol no Brasil que a pesquisadora e jornalista Lu Castro. Em Futebol Feminista: Ensaios, Lu trabalha com as figuras históricas da modalidade no país para traçar paralelos com a história do feminismo e da luta contra as opressões de gênero. É um livro fantástico. Gosto dessa explicação, que aparece na apresentação do livro: "Não se trata de reduzir o futebol feminino à vontade da mulher de jogar, mas entender que não há como se livrar de um tipo de opressão sem eliminar outros". Conheça aqui.Gondwana F&CA Jornalista e documentarista Mônica da Silva é uma das fundadoras da Gondwana Futebol & Cultura. Seu interesse está em registrar e impulsionar conversas ao redor do futebol como um elemento na construção de vínculos, memórias e maneiras de pensar o Brasil e o mundo. Em sua pesquisa, olha para onde estão as meninas e mulheres dentro deste universo. Vale muito conhecer seu trabalho.Mulheres do Progresso: Muito Além da VárzeaÉ um documentário que celebra a presença e a influência feminina no universo do futebol de várzea em São Paulo. O filme destaca as histórias de Marcia Piemonte, Sindy Rodrigues, Tianinha Santos e Sandra Aparecida Pereira, mulheres que, apesar de viverem em diferentes periferias, compartilham a paixão pelo futebol. Elas lideram times e desafiam as barreiras de gênero em um ambiente tradicionalmente dominado por homens. Saiba mais aqui.O que você está lendo é [Sede da Copa do Mundo Feminina, Brasil valoriza pouco a modalidade].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.Links
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