Como um vilarejo se uniu para salvar o tatu-bola na Chapada Diamantina
Debaixo do escaldante sol da tarde, o biólogo Rodolfo Assis Magalhães e sua equipe vasculham silenciosamente os campos que margeiam a floresta. Seu objetivo, o carismático tatu-bola-da-caatinga (Tolypeutes tricinctus), não será fácil de alcançar. O truque é jogar uma camiseta sobre o animal antes que ele consiga escapar em meio a uma selva afiada de cactos, arbustos serrilhados e árvores cobertas de espinhos que tornam qualquer perseguição impossível.
A perseguição é parte de 💥️um novo projeto em curso no vilarejo de Sumidouro, no interior da Bahia, que tem como objetivo compreender as tendências da população da espécie, utilizando monitoramento de longo prazo, e promover a conservação por meio da ciência cidadã.
O também chamado tatu-bola-do-nordeste é uma espécie nativa da Caatinga, mas pode ser encontrado em algumas áreas contíguas de Cerrado.
Seu nome se deve ao costume de se enrolar até formar uma bola quando se sente ameaçado - uma forma de defesa que confunde e desencoraja predadores menores. Sua carapaça, porém, não oferece proteção contra seu predador natural, a onça-pintada, ou contra os seres humanos.
Por conta disso, foi escolhido para ser o mascote oficial da Copa do Mundo da Fifa de 2014, o Fuleco, simbolizando o compromisso do Brasil com a preservação de sua rica biodiversidade.
originalmente publicada no site da Mongabay Brasil.O que você está lendo é [Como um vilarejo se uniu para salvar o tatu-bola na Chapada Diamantina].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
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