Células solares 20x mais finas do que um cabelo permitem voos de longa duração aos drones

O mundo da aviação está a passar por uma transformação revolucionária graças ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Recentemente, investigadores austríacos deram um passo significativo no sentido de uma aviação autónoma e amiga do ambiente, criando células solares ultraleves e flexíveis que poderão mudar a forma como geramos e utilizamos a energia.

Imagem de um drone com células solares que permitem voos de longa duração

Tecnologia de ponta em células solares

Investigadores do Laboratório de Materiais Mole LIT, desenvolveram células solares de perovskite quasi-2D que não só são extremamente leves, como oferecem uma potência sem precedentes de até 44 watts por grama, juntamente com um nível comparativamente elevado de estabilidade.

Estas células solares, que têm menos de 2,5 micrómetros de espessura - vinte vezes mais finas do que um cabelo humano - demonstram uma 💥️eficiência impressionante de 20,1% e uma densidade de potência de 44 W/g.

A sua flexibilidade e leveza tornam-nas ideais para uma variedade de aplicações, desde a 💥️eletrónica vestível à Internet das Coisas, alimentando a próxima geração de sistemas energéticos autossuficientes.

Imagem de um drone com células solares que permitem voos de longa duração

O Departamento de Física da Matéria Mole e o Laboratório de Materiais Mole LIT, sob a direção do Prof. Martin Kaltenbrunner, e o Instituto de Células Solares Orgânicas de Linz, dirigido pelo Prof. Niyazi Serdar Sariciftci, conseguiram um avanço significativo.

Aplicações práticas e sustentáveis

Para demonstrar as capacidades desta nova tecnologia, os investigadores equiparam um drone quadricóptero comercial do tamanho da palma da mão com estas células solares ultraleves. Perfeitamente integradas na estrutura do drone, estas células representam apenas 1/400 do peso total do drone.

Esta configuração permitiu que o 💥️drone funcionasse de forma autossuficiente e efetuasse ciclos consecutivos de carga-voo-carga sem necessidade de recarga com fios, realçando a eficiência e a sustentabilidade das células solares.

Para além do nosso planeta

O potencial destas tecnologias vai para além da Terra. Recentemente, o helicóptero Ingenuity, que está pousado e Marte, demonstrou a importância da aviação solar autossuficiente ao ser a primeira aeronave a ser lançada da Terra e a aterrar noutro planeta.

As aplicações futuras poderão incluir operações de busca e salvamento, cartografia em grande escala, produção de energia solar a partir do espaço e exploração do sistema solar.

O desenvolvimento de células solares de perovskite quasi-2D não só constitui um marco na tecnologia fotovoltaica, como também realça o compromisso com a inovação sustentável na aviação.

Publicado na revista ✅Nature Energy, este estudo não só reflecte um avanço técnico, como também alinha a ciência com os esforços globais para um futuro mais verde e sustentável. À medida que estas tecnologias são desenvolvidas e aperfeiçoadas, o sonho de uma aviação totalmente autossuficiente e amiga do ambiente aproxima-se cada vez mais da realidade.

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