Brave instala serviços de VPN no Windows sem a autorização do utilizador
O Brave é para muitos o único browser que consegue fazer frente ao Chrome e ser uma alternativa para navegar na Internet. Esta proposta baseia-se na oferta da Google, mas eleva-a ao ser mais independente. Agora, parte desta sua aura caiu por terra ao descobrir-se que o Brave está a instalar serviços no Windows sem o utilizador autorizar.
Tal como muitas outras propostas, o Brave também oferece aos utilizadores um serviço de VPN integrado no seu browser. Estas propostas querem garantir uma forma simples e rápida para garantir a privacidade, ao mesmo tempo que protegem todos os que usam este browser.
É precisamente nesta vertente do Brave que foi descoberta uma situação que muitos consideram anormal e que viola a privacidade. A sua proposta Brave Firewall e VPN é um extra, pago, e que apenas é ativado quando o utilizador assim o entende, ou seja, subscreve o serviço.
O problema agora detetado vem neste elemento, ao ter sido descoberto que os serviços associados são instalados no Windows sem o consentimento do utilizador. A descoberta mostrou que esta prática tem vários anos e que os serviços estão marcados para serem ativados manualmente, ou seja, contra a subscrição da VPN.
O CEO da empresa associada ao Brave já veio a público reconhecer o problema e garantir que está a ser preparada uma solução para breve, sem uma data associada. Revelou ainda que este cenário apenas está presente nos PCs onde o utilizador usa uma conta com permissões de administrador no Windows.
A solução para já passa por remover o Brave e voltar a instalar sem permissões de administrador. Outra alternativa é remover os serviços, embora isso não garante que numa atualização posterior do browser estes não voltem a ser criados no Windows.
Embora não seja um cenário crítico, mostra claramente como qualquer app pode ganhar acesso a áreas sensíveis do Windows, que deveria não conseguir. Ao mesmo tempo, o Brave mostra que se aproveitou deste cenário para preparar antecipar algo que a maioria nunca acederá, ou seja, o seu serviço de VPN, abrindo a porta a potenciais problemas dos utilizadores.
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