China bane a Micron e a fabricante vai investir 3.600 milhões de dólares no Japão
Os Estados Unidos da América e a China nunca tiveram uma boa relação, mas nos últimos tempos os conflitos geopolíticos entre as duas potências têm se intensificado e o impacto mais visível afeta o mercado tecnológico. Muitas fabricantes têm dito adeus ao país chinês e agora foi a gigante norte-americana Micron que mudou de rumo e vai investir 3.600 milhões de dólares no Japão, depois de recentemente ter sido banida da China.
Micron investe 3.600 milhões de dólares no Japão
A Micron é uma empresa norte-americana conhecida sobretudo pelos seus chips de memória e de armazenamento. E por estar sediada nos EUA, naturalmente esta marca tem também uma relação condicionada com a China. Esta situação fez com que o país de Xi Jinping começasse mesmo a investigar a Micron devido a questões de segurança cibernética.
Recentemente a China decidiu banir a fabricante de memórias e, em resposta, sabemos agora que a Micron vai investir 6.800 milhões de dólares no Japão na fábrica que já possui no país asiático. Este investimento vai servir sobretudo para incrementar o poder e a qualidade da produção da empresa norte-americana no Japão. O anúncio aconteceu durante o encontro do G7 que este ano aconteceu em Hiroshima.
Para tal, a holandesa ASML vai levar os seus scanners mais avançados dedicados à produção de chips EUV (Ultra Violeta Extrema) para as instalações japonesas. O objetivo é então modernizar a fábrica para que se comece a produzir uma nova linha de memórias DRAM de última geração com 232 camadas.
No encontro, Rahm Emanuel, embaixador dos Estados Unidos no Japão, disse que ambos os países vão atuar juntos para garantir a integridade das duas redes de fornecimento e ainda oferecer assistência a outras empresas que estão na mira da China.
Esta novidade é bastante importante para o Japão que, assim, consegue ver uma promoção da indústria tecnológica no seu país e contar com equipamentos avançados da ASML, uma vez que, até aqui, o país não tinha nenhum scanner EUV. O objetivo é que a Micron possa ajudar a tornar a Hiroshima num centro de fabrico de memórias a nível global.
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