Cadbury deixa de fornecer a casa real britânica após 170 anos Lifestyle
A conhecida marca fabricante de chocolates, Cadbury deixa 2024 com notícias menos boas. A marca junta-se a mais de 100 entidades e produtos que perderam o privilégio de fornecer bens e produtos à família real britânica.
A informação é avançada pelo The Guardian que refere que a Cadbury recebeu o primeiro mandado real de nomeação em 1854, pela rainha Vitória, que se manteve até aos dias de hoje. Ao que tudo indica, seria, supostamente, um favorito da rainha Elizabeth II até à sua morte em 2022, gosto que não foi partilhado pelo seu filho.
A lista, publicada pela Royal Warrant Holders Association (Associação dos Detentores de Mandados Reais, na tradução livre) do Palácio de Buckingham, foi a segunda anunciada pelo rei desde que assumiu o trono.
Outras marcas como a Unilever, responsável pelos gelados Magnum, pela pasta Marmite e pelos pré-preparados Pot Noodles, e a empresa de luxo, também no setor do chocolate, Charbonnel et Walker também deixaram de receber este prestígio.
Por sua vez, outras grandes marcas mantêm-se com o benefício, como é o caso da Nestlé e de dois chocolateiros - Bendicks e Prestat - os únicos a integrar a lista atualmente.
A lista tem sido alvo de remodelações e outras marcas nunca consideradas conseguiram conquistar o feito recentemente. Foi o caso do cabeleireiro Jo Hansford e dos joalheiros Wartski, estes últimos responsáveis pelos anéis de casamento do rei e da rainha, em abril de 2005.
Os royal warrants (mandados reais, na tradução livre) são atribuídos desde o século XV e reconhecem formalmente que uma empresa ou indivíduo forneça produtos ou serviços à casa real britânica. Podem prolongar-se até cinco anos de cada vez que são revistos.
A Cadbury foi criada em 1834, em Bournville, Birmingham, por John Cadbury, e pertence à empresa Mondelēz International.
"Apesar de estarmos desapontados por sermos uma das centenas de outras empresas e marcas no Reino Unido que não receberam um novo mandado, estamos orgulhosos de já ter obtido um e respeitamos totalmente a decisão", afirmou um porta-voz do grupo, numa nota enviada ao The Guardian.
De acordo com os protocolos reais, a Cadbury e as outras empresas não selecionadas foram informadas da exclusão por carta, sem que lhes fosse dada qualquer justificação para a decisão.
Uma campanha internacional teria visado a Mondelēz International para pressionar a mesma para que deixasse de operar na Rússia, pedindo ainda ao Rei Carlos para se distanciar da empresa.
No entanto, a decisão não parece estar ligada a este protesto já que outras empresas - como a Samsung ou a Bacardi - continuam a figurar na lista real apesar de serem alvo das mesmas pressões.
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