Óscares voltam a dizer não à participação de Zelensky na cerimó
A participação de Volodymyr Zelensky na cerimónia dos Óscares de domingo foi rejeitada pela Academia, revela a revista Variety.
Após aparições em vídeo do chefe de estado ucraniano este ano na cerimónia dos Globos de Ouro, nos Grammy e no Festival de Berlim, além de outros eventos desde que a Ucrânia foi invadida pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022, fontes da revista dizem que Mike Simpson, um importante agente de Hollywood, fez um apelo à organização das estatuetas douradas, mas foi rejeitado.
Veja aqui a lista completa de nomeados aos Óscares 2023
Ver artigoA Academia não quis prestar declarações sobre o assunto.
Segundo a Variety, Mike Simpson envolveu-se porque representa Aaron Kaufman, que realizou com Sean Penn "Superpower", um documentário sobre Zelensky, cuja banda sonora tem ainda a colaboração do seu filho numa canção com a artista ucraniana Tina Karol.
É a segunda vez consecutiva que é vetada a aparição estadista e antigo ator e comediante pela Academia, que tem a tradição de evitar polémicas políticas e querer que o seu evento se centre nos feitos da comunidade cinematográfica.
Segundo a Variety, quem tomou essa decisão na cerimónia de 27 de março de 2022 foi o produtor Will Packer, que exprimiu a preocupação de Hollywood estar apenas a dar atenção à Ucrânia porque os afetados são brancos, depois de ignorar outras guerras no mundo que afetam pessoas de cor.
O compromisso foi uma referência foi a exibição de um texto em três slides antes de um intervalo a representar "um momento de silêncio para mostrar o nosso apoio ao povo da Ucrânia que atualmente enfrenta invasão, conflito e preconceito dentro das suas próprias fronteiras".
Sean Penn, que chegou a ameaçar derreter os seus Óscares se a Academia não desse a Zelensky a oportunidade de intervir, disse em fevereiro no Festival de Berlim que a decisão de lhe oferecer uma das suas estatuetas, elogiada e ridicularizada, era "um pequeno gesto, simbólico entre dois amigos – inspirado pela minha contínua vergonha para com a liderança da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas ao escolher mostrar Will Smith a bater em Chris Rock em vez do maior símbolo do cinema e da humanidade a viver nos nossos dias. Prejuízo deles".
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