Tragédia de Realengo vira documentário na HBO Max

Rafael Saturnino

Colunista do Play

Você já ouviu falar na tragédia de Realengo? Em 2011, a cidade do Rio de Janeiro testemunhou um evento traumático: o terrível massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira que deixou 12 pessoas mortas e 13 sobreviventes.

Esse momento triste da história brasileira, será retratado na série documental de título "Massacre na escola - A tragédia das meninas de Realengo", 💥️que foi vai ar no dia 9 de julho, às 22h na plataforma de streaming HBO Max, mas não se preocupe, você pode assistir a hora que quiser, clicando aqui

A série abrirá portas para um diálogo profundo sobre o triste momento ocorrido em 2011, bem como suas consequências e a sua relação com os crimes similares que têm ocorrido no Brasil.

Tragédia de Realengo: Uma luta infinita pela superação

Nos últimos anos houve uma intensificação dos ataques às escolas brasileiras. De 2022 a 2023, o Brasil passou a enfrentar um número significativo de atentados e totaliza 17 até o momento.

Diante desse cenário, o debate sobre as motivações por trás desses eventos se intensificaram. Nesse contexto, a HBO Max anunciou o lançamento de uma série documental sobre o atentado em Realengo e abre portas para uma discussão mais ampla sobre o assunto.

A série "Massacre na Escola - A Tragédia das Meninas de Realengo", dirigida por Bianca Lenti, conta com 4 episódios. Além de retratar os fatos, ela busca examinar questões cruciais que permeiam a nossa sociedade atualmente, como:

  • fóruns de discurso de ódio em redes sociais;
  • misoginia;
  • discursos extremistas;
  • violência.

Além de abordar essas questões, a série mergulha nas histórias das famílias das vítimas, acompanha o antes e depois do evento e busca revelar os desafios enfrentados por essas famílias em sua jornada de luta e reconstrução de suas vidas.

Após 12 anos da tragédia de Realengo, a série documental da HBO Max estreia hoje dia 9 de junho, com o desejo de destacar a importância de não esquecer as vítimas e reacender o debate social sobre crimes reais que ocorrem em nosso país.

O que aconteceu em 7 de abril de 2011 na Zona Oeste do Rio?

O ataque ocorreu de forma bastante repentina no dia 7 de abril, por volta das 8h da manhã, Wellington Menezes de Oliveira, na época com 23 anos, chegou ao colégio bem trajado e se apresentou ao porteiro como um palestrante, o que lhe possibilitou a entrada ao ambiente escolar.

💥️A escola comemorava o 40º aniversário e recebia ex-alunos para compartilhar sobre suas vidas após o ensino médio. O atirador, que levava dois revólveres em sua bolsa, aproveitou o momento para passar na secretaria e pedir uma cópia de seu histórico escolar.

Em seguida, subiu para o segundo andar, onde entrou na sala da oitava série, turma na qual a professora de língua portuguesa, Leila D’Angelo ministrava sua aula. 💥️Naquele dia, havia cerca de 40 alunos presentes.

Conforme relatos dos sobreviventes, o atirador iniciou inúmeros disparos fatais contra as meninas, uma vez que mirava na cabeça delas, enquanto nos meninos, a mira era em seus braços e pernas.

Ficou evidente que era um crime de gênero, pois, enquanto disparava, o assassino proferia palavras de repulsa e ódio contra as meninas, rotulando-as de seres impuros. Os disparos continuaram e foram mais de trinta tiros efetuados.

💥️Isso resultou na morte de dez meninas e dois meninos, com idades entre 13 e 16 anos. Ao notar sua incapacidade de enfrentar a polícia, o atirador cometeu suicídio ao ser atingido na troca de disparos com os policiais.

Como foi a cobertura do crime e o tratamento dado às vítimas?

A cobertura do crime ocorrido na Escola Municipal Tasso da Silveira teve repercussão em toda a mídia brasileira naquela época. Entretanto, nem sempre a abordagem foi adequada e respeitosa com as vítimas e sobreviventes.

Houve, inicialmente, bastante sensacionalismo em virtude da busca por audiência, algo que ocasionou uma exposição desenfreada de imagens e detalhes explícitos do massacre. Isso tudo teve impacto direto na vida dos familiares das vítimas.

Entretanto, com o passar do tempo, a mídia começou a direcionar sua atenção para contar a história das vítimas e sobreviventes, ao falar sobre seus sonhos interrompidos e lutas para superar o ocorrido.

Além disso, foram tomadas algumas medidas para fornecer o suporte necessário, como apoio emocional, assistência médica e acompanhamento psicológico adequado.

Após 12 anos, onde estão os sobreviventes?

Após 12 anos da tragédia em Realengo, os sobreviventes seguem lidando com as sequelas e lutando para enfrentar os desafios ocasionados por esse evento traumático.

Thayane Tavares, uma das vítimas, atualmente com 25 anos, ficou paraplégica e, hoje, necessita de diversos cuidados de saúde, como o uso de insumos e remédios. Além disso, segue com processo jurídico contra o município por descumprimento do acordo que visa auxílio para o seu tratamento.
Outro sobrevivente é Alan Mendes, que mesmo após anos do massacre, ainda sente dores no peito, onde a bala ficou alojada. Na época, seu sonho era seguir carreira militar, mas seus planos tiveram que mudar em virtude das sequelas do atentado.

Adriana Silveira, mãe da vítima Luiza Paula da Silveira, na época com 14 anos, falecida no atentado, segue em busca por justiça até os dias atuais. Ela criou a "Associação Anjos de Realengo" e passou a realizar debates em escolas e trabalhos preventivos contra bullying.

💥️Por isso, a série, criada pela HBO Max, oferece uma ótima oportunidade de explorar essas histórias de superação e compreender mais profundamente o impacto duradouro que o massacre teve na vida daqueles que sobreviveram.

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