Fernanda Nobre sobre decisão de abrir casamento: No auge da paixão

Fernanda Nobre sobre decisão de abrir casamento: 'Foi no auge da paixão' Universa Talks 2023 - Fernanda Nobre - Divulgação

Rafaela Polo

de Universa, em São Paulo

Universa Talks, que acontece dia 24 de junho em São Paulo —os ingressos estão disponíveis aqui. Na conversa, ela falará justamente sobre como a paixão impacta nossas vidas.

"Acho que a maior loucura que já fiz por paixão foi esquecer de mim. Fiquei tão obcecada por uma pessoa que não me divertia quando ela não estava perto e não parava de olhar o celular para ver se tinha mandado mensagem", conta.

Para Fernanda, a melhor parte de se apaixonar é beijar na boca, olhar no olho e sentir o cheiro da pessoa. Por isso, incentiva qualquer um a fazer loucuras por esse sentimento, nem que seja uma vez. E contanto que seja correspondido.

"Quando somos retribuídos, se apaixonar é a melhor coisa do mundo. Fazer loucuras por esse sentimento significa que você está entregue, então incentivo, sim. Precisamos de mais entrega e menos medo de se abrir", conta.

Mas a atriz faz uma ressalva: paixão pode ser também um condicionamento social. Para ela, mulheres, no geral, só são vistas como completas amando, enquanto homens têm um comportamento diferente.

"É repetido e reafirmado na literatura, cinema, teatro, músicas, novelas, publicidade e redes sociais que a coisa mais importante que pode acontecer na vida de uma mulher é encontrar um amor. Estamos aprisionadas na ideia de que o amor diz sobre a identidade da mulher. Já o homem não ama de forma identitária. Quando não está amando, está curtindo a vida, saindo com várias. A mulher sofre até quando não ama", explica Fernanda.

Casamento aberto não é bagunça

A decisão de Fernanda de falar sobre seu relacionamento partiu de uma vontade de ajudar outras mulheres a questionarem o padrão monogâmico, trazendo assim espaço para mudanças.

"Quando escolho, junto com meu parceiro, pela não monogamia é porque nós dois temos consciência de que a liberdade sexual é hierárquica e sexista. Escolhemos juntos uma relação com mais diálogo e sem hipocrisia", conta.

Seu casamento ganhou esse formato há cinco anos quando, segundo Fernanda, estavam no auge da paixão. Ela alerta: esse formato não serve para resolver problemas. "Acho difícil dar certo experimentar a abertura quando o relacionamento está numa fase morna e desconectada", diz. Para ela, a decisão deixou o casal mais unido e seguro.

Apesar de a escolha ter sido feita de forma madura, a mudança não foi fácil. "Quebrar qualquer padrão é muito doloroso, ainda mais um padrão de comportamento emocional que está enraizado na nossa sociedade há tanto tempo. Não sabia se era para mim, se a gente ia gostar ou se íamos sofrer. E é óbvio que a gente sofreu", diz.

Universa Talks tem patrocínio de Allegra e Eudora

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