Vagina e pênis envelhecem? o que muda ano a ano e como adaptar o sexo

Pênis e vagina mudam bastante ao longo da vida - Andrii Zastrozhnov/Getty Images/iStockphoto

Vulva e vagina

💥️Pré-puberdade

A mulher ainda não desenvolveu os chamados caracteres sexuais secundários - menstruação, amadurecimento dos seios e pelos pubianos. O nível de esteroides sexuais é praticamente nulo, uma vez que ovários e glândulas adrenais estão "bloqueados". Portanto, a vagina e a vulva representam apenas estruturas meramente anatômicas e sem qualquer função.

💥️20 anos

O órgão genital feminino chega ao seu tamanho adulto. Dá para notar uma pequena diferença de espessura dos grandes lábios e é normal que a gordura subcutânea dessa região diminua. O ambiente é favorável à proliferação de bactérias essenciais, tanto para a defesa imunológica como para a manutenção de um pH ácido e importante para a progressão dos espermatozoides no processo de fecundação. Corrimentos fisiológicos são comuns, a vulva fica mais inchada e rica em fibras de colágeno, e clitóris tem boa irrigação, fator importante para o orgasmo.

💥️30 anos

Início da perda de colágeno, causando flacidez nos grandes lábios. Outra alteração comum é o escurecimento dos pequenos lábios em decorrência de alterações hormonais e envelhecimento, mas nada disso interfere no sexo. Na maior parte das vezes, o parto não causa modificações profundas na musculatura vaginal, entretanto essa mudança vai depender da quantidade de filhos e das condições físicas de cada mulher. De qualquer modo, o processo natural de envelhecimento é responsável por um "afrouxamento" nessa musculatura.

💥️40 anos

Perto dos 45, surge a menopausa. A diminuição dos hormônios testosterona e estradiol causa um grande impacto na saúde da vulva e da vagina, favorecendo infecções genitais e urinárias. A vulva perde tônus, pela diminuição na produção de colágeno, e a vagina fica com as paredes mais finas e lisas. A diminuição da lubrificação pode levar a ferimentos em exames ginecológicos ou no sexo. É fundamental usar lubrificante e é indicado discutir com o ginecologista se há necessidade de reposição hormonal.

💥️50 anos em diante

A diminuição do estrogênio leva a um tecido vulvar e vaginal mais fino, seco e menos elástico, dificultando o sexo. O pH se torna mais ácido, deixando a região mais propensa a infecções. Visitas recorrentes ao ginecologista são necessárias para acompanhamento desses problemas, além de prevenções. Com as medidas certas, a vida sexual segue sem dramas.

Pênis

💥️Adolescência

É durante a adolescência que a produção de testosterona acontece a todo vapor. O pênis aumenta muito de tamanho e a pele fica mais grossa. Além disso, os pelos vão ocupando a região pubiana e engrossando, e os testículos também crescem. Ereções fisiológicas e espontâneas durante a noite e pela manhã, quando a bexiga está cheia, são frequentes. A masturbação é fonte de prazer e autoconhecimento.

💥️20-35 anos

Nessa fase, o pênis já tem seu tamanho definitivo. As ereções são fáceis, vigorosas e duradouras, mas como a ansiedade em ter um bom desempenho ocupa boa parte dos pensamentos, é comum casos de ejaculação rápida.

💥️40 anos

Nesta idade, o atrito causado ao longo dos anos no sexo leva a um escurecimento da pele do pênis e da glande. Além disso, o pênis sofre uma pequena perda de elasticidade dos tecidos e pode apresentar aumento de tamanho no estado flácido - o que não altera em nada as ereções. A ejaculação parece mais fácil de controlar. Por isso, aproveite essa fase para curtir o sexo com menos ansiedade.

💥️50 anos

Os pelos pubianos ficam mais finos e alguns embranquecem. O pênis demora mais para ficar duro e o período de descanso necessário após ejacular se amplia, dificultando a realização de mais de uma relação no mesmo encontro.

💥️Terceira idade

Os pelos pubianos diminuem e ficam grisalhos, a pele perde o vigor e resseca. A diminuição de elasticidade atinge seu maior grau e em alguns casos, o tamanho do pênis flácido se assemelha ao tamanho ereto. As ereções diminuem e o orgasmo demora mais, mas a vida sexual pode continuar satisfatória.

Fontes: Alessandro Scapinelli, ginecologista de São Paulo (SP); Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Cristina Carneiro, ginecologista e obstetra de São Paulo (SP), e Valter Javaroni, chefe do Departamento de Medicina Sexual e Infertilidade da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), regional RJ.

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