Caso Klein: Vítimas deporem de novo é violência, diz procurador

Ainda durante participação no Sem Filtro, Accioly analisou o perfil de mulheres que são exploradas e violadas sexualmente.

"Geralmente são pessoas pobres e com dificuldade financeira em casa, que sofrem violência doméstica e são iludidas por falsas promessas de emprego achando que vão ter uma vida melhor por meio de um trabalho", disse.

"Vítimas eram submetidas a pornografias violenta e vingativa", diz procurador

O procurador ainda elencou uma série de elementos identificados nos depoimentos das vítimas que, segundo ele, provam o crime por tráfico de pessoas. Nos depoimentos, as mulheres contam que foram convidadas a participar de trabalhos como modelo e que tinham que participar de uma entrevista com o empresário.

Algumas relatam ter havido abuso nesse primeiro momento. Outras dizem que eram chamadas para festas nas casas de Klein e, nessas ocasiões, eram vítimas de violência sexual.


"Mulheres participavam da organização criminosa"


Accioly afirmou que Saul Klein contava inclusive com mulheres em sua rede de aliciamento. Ele, entretanto, pontuou que algumas também eram vítimas de exploração.

"Klein contava com pessoas, mulheres geralmente, que, diante da coleta de provas, participavam da organização criminosa e, ao mesmo tempo, eram vítimas e algozes", disse, ao explicar como, de acordo com sua análise, o esquema funcionava.

Indenização de R$ 80 milhões é por violação de dignidade de "todas as mulheres"


Diante das acusações contra Saul Klein, Accioly afirmou que o MPT-SP entrou com um pedido de indenização para que o valor seja revertido em interesse público da sociedade e das mulheres. O valor da indenização é de R$ 80 milhões.

"O MPT pede uma reparação por dano moral coletivo. A dignidade da mulher, quando ela é violada, atinge todas as mulheres, e todas estão sujeitas a isso. Esse valor deve ser revertido para conscientização e reparação de danos causados a vítimas de violência", explicou.

💥️Assista ao Sem Filtro
Quando: às terças e sextas-feiras, às 14h.

Onde assistir: no YouTube de Universa, no Facebook de Universa e no Canal.

Veja a íntegra do programa:

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