Cúpula global por direitos da mulher não cita violência de gênero
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Apesar disso, as convidadas conseguiram extrapolar suas experiências pessoais para reforçar a importância da união feminina e da conquista de cargos públicos para o avanço dos direitos das mulheres.
"Eu sou a minha maior barreira. Nos perguntamos: quem sou eu para fazer isso? E a pergunta é a oposta: quem sou eu para não fazer isso?", afirmou Naz Shah, ministra paralela (shadow minister) para a redução do crime no Reino Unido, no painel sobre a liderança feminina no parlamento e na diplomacia. Ela lembrou que as "mulheres pagam o mais alto preço pelas guerras, pela pobreza, pela crise energética. As mulheres e as crianças, que são o futuro".
Num dos depoimentos mais emocionantes, a ativista franco-marroquina Latifa Ibn Ziaten contou por que fundou uma associação em homenagem a seu filho assassinado em 2012, em um ataque terrorista em Toulouse.
"Fui ao local onde meu filho morreu e limpei o seu sangue do chão. Gritei, mas não tinha ninguém lá para me ouvir", contou Latifa, vencedora do Prêmio Internacional Mulheres de Coragem. "Não quero que nenhuma outra mulher sofra como eu. Por isso, trabalho com prevenção."
Por meio de sua associação, Imad (nome de seu filho), ela frequenta prisões e escolas conversando com jovens para evitar que se transformem no terrorista que a fez perder seu menino.
Como afirmou a jornalista Chantal Saliba AbiKhalil, âncora da Sky News Arabia, nos Emirados Árabes Unidos, "somos retratadas como vulneráveis, frágeis", mas estamos longe disso. "Essas são as histórias que escutamos. Não espere ninguém te apresentar com uma imagem positiva. Trabalhe, seja persistente e se diferencie."
✅*Cristina Fibe viajou a convite da Emirates News Agency
Assista à íntegra do Sem Filtro:
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