SEA:ME é um curso de especialização pioneiro na área de engenharia de software para

Começa hoje um novo curso nas instalações da 42 Porto que junta os elementos de formação inovadora da escola com um foco na indústria automóvel e de mobilidade, envolvendo especialistas da indústria e academia. O curso tem uma bolsa e conta com o apoio da Critical Techworks e da Brisa. SEA:ME é um curso de especialização pioneiro na área de engenharia de software para automóveis e mobilidade pixabay - gerado por IA

São 28 os alunos que hoje começam um novo desafio na 42 Porto,  o SEA:ME, um curso de especialização pioneiro na área de engenharia de software para automóveis e mobilidade que segue uma metodologia inovadora na formação. 💥️Pedro Santa Clara, fundador da 42 em Portugal e da Shaken Not Stirred, partilhou com o ysoke TEK a sua expectativa em relação ao novo curso e ao “super grupo” de alunos que hoje começam a formação que vai durar 6 a 12 meses e que é de frequência gratuita, oferecendo ainda uma bolsa de 8.200 euros para cada aluno.

“Quando terminar a graduação do primeiro grupo ficarei muito orgulhoso de ter alunos nas melhores empresas do mundo”, sublinha Pedro Santa Clara.

💥️O curso SEA:ME (Software Engineering in Automotive and Mobility Ecosystems) resulta de uma parceria entre a Universidade de Seul, a 42 de Wolfsburg e a 42 Porto, pela mão da Shaken Not Stirred, para desenvolver um currículo numa área onde foi identificada uma necessidade do mercado. “Desde que a Tesla lançou os seus automóveis o carro passou a ser uma plataforma de software e isso contribui para reinventar a indústria que precisa de talento que conheça temas de condução autónoma, cibersegurança e sistemas embebidos”, afirma, lembrando que “há uma grande vantagem em formar especialistas que conhecem o contexto da indústria”.

Este 💥️é o primeiro curso especializado trazido pela Shaken Not Stirred para Portugal, numa nova linha de desenvolvimento que a empresa quer aprofundar com outras áreas nos próximos meses. “Estamos a avaliar, de forma cautelosa, as áreas para outros cursos de especialização”, adiantou ao ysoke TEK, referindo como potenciais áreas a biotecnologia, healthcare, financeira, banca e seguros e a Web3.

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“💥️Ainda não há uma decisão mas há interesse de parceiros e alunos e estamos a reunir o know how para desenvolver os programas”, explica o fundador da 42, sublinhando que “dá muito trabalho e é preciso reunir as boas vontades de muita gente”, até porque os cursos são totalmente gratuitos para os alunos que os frequentam.

💥️No caso do SEA:ME Pedro Santa Clara diz que teve a sorte de “encontrar um grande especialista português que traz esse conhecimento e especialidade” e conseguir a parceria da Critical TechWorks e a Brisa, duas empresas inovadoras com muita experiência nestas áreas de mobilidade e desenvolvimento de software para a indústria automóvel. Para desenvolver o curso 💥️foi criado um espaço na 42 Porto, com grupos de trabalho onde os alunos vão desenvolvendo os projectos e respondendo aos desafios dos tutores, com acompanhamento diário, numa lógica Agile.

De olhos no futuro da mobilidade

Para já 💥️o programa arranca com 28 alunos “cuidadosamente selecionados”, já com background nas áreas de engenharia. A maior parte dos inscritos são graduados da escola 42 e os restantes terminam até final do ano, juntando-se ao grupo também três colaboradores da Critical TechWorks. A média de idades é de 32 anos, sendo que o mais novo tem 20 anos e o mais velho 58, e Pedro Santa Clara destaca que são pessoas “com muita garra e experiência de vida”, alguns em processo de mudança de carreira.

Ao contrário do que acontece no curso de programação base da 42, 💥️no SEA:ME os alunos recebem uma bolsa, um elemento que foi considerado fundamental para reter o talento já que são pessoas que “muito conhecimento e experiência” que podiam estar já a trabalhar em empresas.

Pedro Santa Clara não quer ainda falar sobre os próximos passos do programa, que vai começar a recrutar os alunos para a próxima edição provavelmente nas próximas piscinas que estão calendarizadas. Ainda assim lembra que 💥️esta formação é apelativa, mas “não é um caminho para toda a gente”.  “Temos mais de 60 mil candidatos e cerca de 1000 alunos na 42 […] é mais difícil de entrar do que em Medicina”, adianta, dizendo que 💥️exige muita iniciativa e responsabilidade dos alunos porque o programa não segue um modelo de formação tradicional, em que há professores a dirigir e a comandar”.

“Na 42 os alunos aprendem a apender e saem capazes de pegar em qualquer desafio”, sublinha Pedro Santa Clara.

Para já 💥️a Critical TechWorks e a Brisa são os únicos parceiros do SEE:ME mas o fundador da escola não esconde que gostava de ter mais empresas a juntar-se ao programa, até para garantir a sua sustentabilidade. “Não temos apoios públicos e a formação é totalmente gratuita para os alunos”, explica para sustentar a necessidade de parcerias privadas.

Para as duas empresas este é um modelo que traz valor e que acrescenta valor. 💥️Eduardo Ramos, chief development officer do Grupo Brisa, destaca a componente prática, articulada com necessidades e problemas reais. “Com esta parceria, esperamos ter acesso a insights, soluções e tendências sustentadas em know how empírico e totalmente virado para a aplicação prática”, afirma, acrescentado que “💥️no caso do Grupo Brisa, soluções para veículos autónomos, sistemas controlados por software ou cibersegurança fazem parte do nosso dia-a-dia e vão estar cada vez mais presentes no nosso âmbito de trabalho e atuação”.

💥️Do lado da Critical TechWorks, Mariana Longa Correia, Social Responsibility & Sustainability da empresa, sublinha também que “dada a constante evolução tecnológica que afeta este setor, e iniciativas que procurem dotar jovens profissionais das mais recentes qualificações técnicas, esta iniciativa beneficia o setor, a indústria e a economia”, e diz que a empresa “💥️irá alocar alguns profissionais enquanto mentores ao longo do programa, promovendo a partilha de conhecimento técnico de domínio e experiência profissional”. A parceria poderá estender-se mesmo para além do programa SEE:ME.

Hoje é ainda o primeiro dia do programa especializado mas 💥️as expectativas são elevadas, como explica Pedro Santa Clara que desafia outras empresas a juntar-se às iniciativas da escola e aos seus projetos.

Nota da Redação: A notícia foi alterada para clarificar a relação com a 42 Porto. Última alteração 21h42

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