Investigadores do Politécnico de Leiria criam sinais rodoviários inteligentes para prevenir acidentes - In
O projecto 💥️SmartSign – Desenvolvimento de Sinalização Rodoviária Inteligente surgiu do desafio da Sociedade Nacional de Sinalização Rodoviária Vertical, sediada em Ansião, e conjugou a investigação de docentes dos Departamentos de Engenharia Eletrotécnica, Mecânica e Informática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria.
O investigador de Engenharia Mecânica Nuno Martinho adiantou hoje, na apresentação do projeto, que se trata de sinais ativos, que enviam informação.
💥️“Sabe-se que 90% das causas da sinistralidade estão relacionadas com o fator humano”, pelo que o objetivo é o de 💥️contribuir para a diminuição da sinistralidade, uma vez que o condutor é alertado antecipadamente para as regras que tem de cumprir.
Desenvolvido em copromoção, apoiado pelo programa Portugal 2023, 💥️o SmartSign contou com um investimento de 411.295 euros do Politécnico de Leiria e de 266.715 euros da Sociedade Nacional de Sinalização Rodoviária Vertical, com um orçamento total de 678.011 euros.
“Fizemos uma parceria com a empresa promotora do projeto, a Sociedade Nacional de Sinalização Rodoviária Vertical (SNSRV), que produz sinais de trânsito verticais, de forma a 💥️incorporar um sistema eletrónico que comunicasse com os veículos e desse a informação que o sinal representa e a sua localização”, adiantou à Lusa o coordenador do projeto, Sérgio Faria, docente e investigador do departamento de Engenharia Eletrotécnica da ESTG.
Segundo explicou, 💥️o projeto consiste na criação de sinais de trânsito ativos para sistemas de transporte inteligentes. Através da programação integrada nos sinais verticais de estrada,💥️ os veículos automóveis que tenham um sistema de recepção adequado, que tem por base a tecnologia Wi-Fi ou 5G, 💥️conseguem receber a informação de trânsito mesmo em situações em que não se consegue visualizar o sinal, aumentando os níveis de segurança rodoviária.
Estes sinais de trânsito inteligentes emitem 💥️informação sobre a sua localização, alertando os condutores para passadeiras, limites de velocidade ou perda de prioridade, entre outros.
O sistema criado dará indicação da sinalização mesmo em condições atmosféricas adversas, como nevoeiro, ou quando o sinal está oculto por edifícios ou ramos de árvores, por exemplo. Iniciado em janeiro de 2023, o projeto terminou em junho de 2023.
“Os investigadores da Engenharia Mecânica desenvolveram um sinal de velocidade máxima, que está preparado para mudar a velocidade máxima entre 30, 40 ou 50 quilómetros. 💥️Poderia ser colocado numa zona de escola, em que nas horas de entrada e saída das crianças a velocidade é menor e noutras alturas do dia ou ao fim de semana a velocidade pode ser mais condizente com um percurso urbano”, exemplificou Sérgio Faria.
O grupo da Engenharia Eletrotécnica concebeu o sistema de comunicação, implementando a transmissão entre a infraestrutura, que é o sinal, e o veículo que tem um recetor, enquanto a Engenharia Informática desenvolveu um sistema de descodificação e visualização dos sinais no veículo e as ferramentas necessárias para a empresa programar os sinais, tendo em conta a sua função e localização geográfica.
💥️A sinalização inteligente utiliza a tecnologia CV2X, 💥️compatível com a que muitos dos novos veículos já possuem e que está a ser utilizada no âmbito das cidades inteligentes e das comunicações entre veículos e entre veículos e infraestruturas, informou o investigador.
“Quando iniciámos o projeto usávamos uma determinada tecnologia, mas com o passar do tempo houve uma mudança imposta por alguns fabricantes de automóveis e, portanto, desenvolvemos as duas tecnologias de maneira que a empresa pudesse vir a escolher a mais adequada ao seu mercado”, revelou Sérgio Faria
💥️Os investigadores equacionaram desenvolver uma aplicação para telemóveis, até destinada a cegos, que poderiam receber a informação quando estivessem próximo de uma passadeira. “Não o fizemos, porque os telemóveis ainda não têm esta tecnologia incorporada”, lamentou.
O sócio fundador da SNSRV Alfredo Moreira disse à Lusa que a sociedade, desde 1991, procura implementar novos sistemas, que são fundamentais para a segurança rodoviária. “Aproveitámos a boa recetividade do Politécnico de Leiria, a qual agradeço, para tentar implementar um sistema, não só inovador, mas para a segurança rodoviária. 💥️Fala-se muito da segurança rodoviária, mas lamentavelmente no nosso país só falamos e as ações são poucas”, rematou.
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