Descoberta de “relógio-interno” do cérebro abre caminho a uma maior perceç&
Neste novo estudo do Laboratório de Aprendizagem da Champalimaud Research, publicado hoje na revista científica Nature Neuroscience, 💥️os investigadores conseguiram fazer abrandar ou acelerar artificialmente os padrões de atividade neural em ratazanas, distorcendo a sua avaliação da duração do tempo e fornecendo as 💥️"provas causais mais convincentes até agora sobre a forma como o relógio interno do cérebro orienta o comportamento", adianta a fundação num comunicado sobre o estudo.
"Em contraste com os mais familiares relógios circadianos, que regem os nossos ritmos biológicos de 24 horas e moldam a nossa vida quotidiana, dos ciclos de sono-vigília ao metabolismo, 💥️sabe-se muito menos sobre a forma como o corpo mede o tempo na escala de segundos a minutos", refere o comunicado.
Perante isso, a equipa de neurocientistas centrou a sua investigação nesta escala temporal, na qual se desenvolve grande parte dos comportamentos diários.
Na prática, 💥️os investigadores treinaram ratazanas para distinguir entre diferentes intervalos de tempo e descobriram que a atividade no estriado, uma região profunda do cérebro, segue padrões previsíveis que se alteram a diferentes velocidades.
💥️"Quando os animais reportam um determinado intervalo de tempo como sendo mais longo, a atividade evolui mais rapidamente, e quando o reportam como sendo mais curto, a atividade evolui mais lentamente", adiantam as conclusões da investigação.
Para estabelecer a causalidade, 💥️a equipa recorreu a uma técnica já utilizada por neurocientistas, a temperatura, de maneira a alterar a velocidade da dinâmica neural sem perturbar o seu padrão.
Para testar esta ferramenta em ratazanas, desenvolveram um dispositivo termoelétrico personalizado para aquecer ou arrefecer o estriado de forma focal, registando simultaneamente a atividade neural.
💥️"Tivemos o cuidado de não arrefecer demasiado a área, pois isso iria interromper a atividade, nem de a aquecer demasiado, correndo o risco de provocar danos irreversíveis", adiantou Margarida Pexirra, uma das autoras principais do estudo.
💥️"A temperatura deu-nos um botão para esticar ou contrair a atividade neural no tempo, pelo que aplicámos esta manipulação no contexto do comportamento", explicou Filipe Rodrigues, outro autor principal do estudo.
Segundo a fundação, ao fornecer novos conhecimentos sobre a relação causal entre a atividade neural e a função de temporização, os resultados desta investigação 💥️"podem fazer avançar o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos para doenças debilitantes como as doenças de Parkinson e Huntington, que envolvem sintomas relacionados com o tempo e um estriado comprometido".
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