Portugal envolvido em projeto do CERN que pode reescrever leis do universo - Ciência Tek
Cientistas ligados ao CERN acabam de obter 💥️a primeira prova de um comportamento muito raro do Bosão de Higgs: o decaimento - diminuição gradual da atividade de amostra de material com substância radioativa - da partícula num bosão Z e num fotão, ou seja, uma nova partícula consistente com o Bosão de Higgs.
💥️Integrando as experiências ATLAS e CMS no Grande Colisor de Hadrões (LHC) do CERN, as observações foram qualificadas como “um avanço histórico” pelo diretor-geral, Rolf Heuer, que considera que a descoberta pode vir a ser a chave para entender a formação do Universo.
Conhecido como a “Partícula de Deus”, 💥️a descoberta do Bosão de Higgs no LHC do CERN, em 2012, representou um marco significativo na área da física de partículas. Desde então, as colaborações ATLAS e CMS têm 💥️investigado insistentemente as propriedades dessa partícula única e tentado estabelecer as diferentes formas pelas quais é produzida e se decompõe noutras partículas.
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Cientistas destas colaborações relataram, recentemente, terem unido 💥️esforços para encontrar a primeira evidência do raro processo no qual o Bosão de Higgs decai num bosão, o portador eletricamente neutro da força fraca, 💥️e num fotão, o portador da força eletromagnética.
Esse fenómeno de decaimento do Bosão de Higgs 💥️pode fornecer evidências indiretas da existência de partículas além daquelas previstas pelo Modelo Padrão da física de partículas, explica o CERN.
Os decaimentos de partículas são mais ou menos como as suas “mortes”, mas como no universo, nada desaparece e tudo se transforma, no caso das partículas 💥️os decaimentos dão origem a outras partículas, e o mesmo vale para o Bosão de Higgs.
“Cada partícula tem uma relação especial com o Bosão de Higgs, tornando a busca pelos raros decaimentos de Higgs numa prioridade”, diz Pamela Ferrari, da colaboração ATLAS. “Através da combinação meticulosa dos resultados individuais da ATLAS e da CMS, demos um passo à frente para desvendar mais um enigma do Bosão de Higgs”, garante.
💥️Portugal tem sido um parceiro do CERN, nomeadamente através do ISQ, que ao longo de seis anos desenvolveu atividades em vários países, no que respeita ao fabrico de componentes e montagem dos Cryo Dipoles, para completar os 27 quilómetros do anel do Acelerador The Large Hadron Collider (LHC).
As funções e responsabilidades da consultoria ISQ envolveram a 💥️revisão da especificação técnica da qualidade dos magnetos criogénicos; a 💥️consultoria para a organização do Sistema de Garantia de Qualidade do CERN para o projeto, incluindo o sistema informático de controlo; e 💥️acompanhamento de inspeções e ensaios para assegurar a sua rastreabilidade.
O ISQ 💥️assegurou ainda a inspeção da qualidade de fabrico de magnetes criogénicos, abrangendo os vários componentes (cabos, magnetos supercondutores, criostatos e componentes criogénicos)💥️ e a sua instalação no CERN e no próprio túnel. Neste projeto participaram 26 engenheiros e inspetores do ISQ qualificados em diversas especialidades, os quais realizaram mais de 200 mil horas de inspeção e testes.
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